Uma mina localizada no munícipio de Buco-Zau, na província de Cabinda, prepara-se para, nas próximas semanas, realizar uma das exportações de ouro mais significativas do país em quase meio século.
Trata-se da venda de 15 quilogramas (kg) de ouro de um depósito secundário, ocasião importante, que marca um novo capítulo para o país, avança a revista “African Business”.
De acordo com a publicação, o facto não apenas sinaliza o renascimento de uma parte antes essencial da economia do país, mas também “é um sinal do sucesso do recente impulso em direcção à diversificação económica”.
O sucesso recente de Buco-Zau, em Cabinda, diz a revista African Business, mostra que as perspectivas para Angola vão além dos diamantes. “Essa primeira exportação é resultado apenas da exploração do depósito secundário do local, que consiste em ouro aluvial”, afirma Adriano Leal, director das Sociedades Mineiras de Buco-Zau e Lufo.
“Buco-Zau está a minerar ouro aluvial ao mesmo tempo em que pesquisa o depósito primário. Esperamos exportar mais 20 kg no primeiro trimestre de 2022, o que mostra o enorme potencial desta mina”, disse.
Angola licenciou 28 projectos de mineração de ouro, 20 dos quais já se encontram em fase de prospecção. A capacidade média de produção de cada mina é de 4,5 kg por mês de concentrado de ouro – uma quantidade significativa para o mercado.
Dados dos mercados bolsistas, no início desta semana, fixam em mais de 57 mil dólares (mais de 32 milhões de kwanzas) o preço do quilograma de ouro.
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