Esta semana surgiram vários de novos casos importados em Macau. As expetativas da indústria turística para a Semana Dourada foram destruídas. De volta à realidade, estamos de novo na linha da frente de combate contra a pandemia.
Numa recente manhã de domingo, conduzi até ao centro turístico para tirar algumas fotografias, enquanto a rádio passava “Ruin City” do cantor Mavis Hee: “Observando a cidade solitária com olhos vermelhos”. O locutor comentou: “Esta música… nem preciso de dizer mais nada.”
Sem turistas, as Ruínas de São Paulo parecem uma cidade abandonada. Grande parte das lojas estão fechadas, mas a “Macau Yogurt” continua aberta, com o patrão à porta a gritar sempre que alguém passa: “Compre um iogurte e receba outro grátis”. Porém, durante a meia hora que lá estive a fotografar, não vendeu um.
Os mais recentes infetados são seguranças de hotéis que têm servido como local de isolamento. As autoridades afirmam que, provavelmente, contraíram o vírus pelo uso incorreto de máscara. A comunidade, na sua maioria parece compreender a sua situação. Já a indústria turística – afetada – espera que o Governo encontre um maior equilíbrio entre o desenvolvimento económico e a prevenção epidémica. Um jornal local publicou como primeira página: “Seguranças não usam máscara corretamente e arruínam a Semana Dourada de Macau”. É esta a ética dos media da cidade? Insinuar que os seguranças são responsáveis pelo percalço económico?
Alvin Lo, Diretor do Serviços de Saúde, sugere que a sociedade de Macau encontre novas formas de ajudar indivíduos e organizações a protegerem-se, em vez de procurar culpar alguém quando algo corre mal. A luta contra a pandemia deve ser a nossa prioridade.
*Editor chinês do PLATAFORMA