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Preparação para uma grande batalha e o tocar do sino

Na semana passada, a China e o Japão foram palco de dois grandes eventos, e as diferenças entre as duas populações foram visíveis. No dia 15 de setembro, o Japão organizou o seu maior exercício militar em 28 anos. Para além da participação de 100 mil soldados, a Força Terrestre de Autodefesa do Japão organizou ensaios militares com a ajuda da Força Aérea e da Força Marítima de Autodefesa. Tal acontecimento é extremamente raro no país, que desde a derrota na Segunda Guerra Mundial tenta esconder a sua imagem militar.  

Por que razão decidiu o país organizar um exercício militar com mais de 100 mil tropas ao longo de dois meses? Estará a preparar-se para uma grande guerra? O principal objetivo parece ser a avaliação e reforço das forças de defesa terrestres e proteger-se de crescentes atividades marítimas, em grande parte para responder à China.  

No dia 18 de setembro, a China recordou o 90.º aniversário do Incidente da Manchúria, em várias cidades. Em Shenyang, Liaoning, por exemplo, um dos membros do Politburo do Partido Comunista Chinês, Zhao Leji, liderou a “Cerimónia de Memória do Alarme de 18 de Setembro”. Em 1931, no mesmo dia, o Exército de Guangdong Japonês, que ocupava a zona nordeste da China, explodiu uma secção da Ferrovia do Sul da Manchúria, perto do lago Liu Tiao, em Shenyang, Liaoning, e culpou o exército chinês, utilizando essa desculpa para atacar as forças chinesas na cidade. Foi nesse dia que começou a ocupação japonesa das três províncias do nordeste chinês.  

A cerimónia foi organizada no Pavilhão de Homenagem ao Incidente da Manchúria, em Shenyang. O sino tocou 14 vezes, pelos 14 anos de luta contra o Japão – uma homenagem que se manteve ao longo dos últimos 27 anos. 

Estas cerimónias relembram aqueles que morreram e o sofrimento do país. Com esta história em mente podemos valorizar ainda mais a paz atual.  

Embora a China tenha sido vítima de uma invasão japonesa, as homenagens anuais a este acontecimento são uma forma de luto aos que morreram e lutaram contra a invasão, e os sinos e alarmes relembram a nossa história e a paz que gozamos. É a promessa de uma nação de nunca esquecer o sofrimento, aprender com o passado, e alertar para os riscos iminentes, mesmo em tempos de paz.  

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