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Duelo verbal entre EUA e Coreia do Norte agrava situação da península

Na passada semana, tendo os Estados Unidos voltado a atiçar a situação na península coreana que tinha recentemente acalmado ligeiramente, o Conselho de Segurança da ONU aprovou as sanções mais severas de sempre face aos dois testes consecutivos de mísseis balísticos intercontinentais por parte da Coreia do Norte. 

Uma vez que esta decisão foi tomada sob liderança norte-americana, tendo recebido o apoio unânime dos 15 Estados-membros, incluindo a China e a Rússia, o Presidente Donald Trump acha que isto constitui para si uma grande vitória a nível diplomático. Nas redes sociais, o presidente publicou de forma enfatuada uma mensagem elogiando a grandeza dos Estados Unidos, referindo o apoio recebido e agradecendo à China e à Rússia, acrescentando ainda que se a Coreia do Norte se atrever a testar mais mísseis guiados irá sofrer punições sem precedentes. 

A Coreia do Norte, para além de criticar as sanções do Conselho de Segurança, respondeu às palavras de Trump dizendo que o país tenciona efetuar um teste de quatro mísseis Hwasong-12 nas águas internacionais a 30 ou 40 quilómetros de Guam. O país detalhou ainda que cada míssil percorrerá uma distância de 3,300 quilómetros durante 1065 segundos, e que o plano já foi apresentado ao líder Kim Jong-un, sendo imediatamente posto em ação assim que for aprovado.

Trump advertiu mais uma vez a Coreia do Norte, dizendo que se o país se atrever a ameaçar os Estados Unidos terá de enfrentar “fogo e fúria como o mundo jamais viu”. O Presidente afirmou também que as soluções militares já estão a postos para agir no caso de uma provocação norte-coreana.

Face às palavras duras de Trump, a Coreia do Norte afirmou que não irá efetuar concessões na questão nuclear, e que se os Estados Unidos agirem de forma irresponsável irão pagar um preço mil vezes pior. Contudo, face aos países vizinhos, a Coreia do Norte acrescentou algumas palavras de apaziguamento, dizendo que as suas armas nucleares se destinam apenas a lidar com os Estados Unidos e não com outros países.

Este duelo verbal em que nem os Estados Unidos nem a Coreia do Norte dão o braço a torcer elevou ao máximo as tensões na Península Coreana, estando toda a comunidade internacional a seguir atentamente a evolução da situação.

Contudo, Rex Tillerson, secretário de Estado dos Estados Unidos, afirmou que a situação não é assim tão grave, acreditando que todos estão dispostos a dialogar. Joseph Dunford, chefe de Estado Maior das Forças Armadas dos Estados Unidos, em visita à Coreia do Sul, afirmou que o lado norte-americano prioriza as vias diplomáticas e as sanções económicas, sendo que apenas caso estas falhem será seguida a via militar.

Talvez as palavras de Tillerson e Dunford acalmem um pouco as tensões acesas na península coreana. 

‭ ‬DAVID Chan

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