Ilhas Ryukyu, Japão, Ilhas Kermadec, Honshu, Japão e Oaxaca, México. Qual a relação destas localizações com Macau? Aparentemente pouca ou inexistente.
Mas a população local foi informada que no dia 13 de junho, a 1.655 quilómetros a leste-nordeste de Macau, a costa das Ryukyu foi abalada por um sismo com intensidade 6.9.
Cinco dias depois, a 18, um abalo de intensidade de 7.4 atingiu as Ilhas Kermadec, localizadas a 9.530 quilómetros a sudeste da Cidade do Santo Nome de Deus.
Volvidos uns dias, porque as entranhas do planeta não param de se movimentar, mais exatamente pelas 23:29:05, hora local, de dia 23, um tremor de terra de intensidade 7.4 agitou com violência a região de Oaxaca, no México, localizada a 14.690 quilómetros do território.
Por último, no passado dia 25 foi a vez de a costa leste de Honshu, Japão, situada a 3.048 quilómetros a nordeste de Macau sentir um abalo com a intensidade de 6.3.
Um dos mais nobres exercícios de administrar o bem público, de governar, é fazê-lo de forma transparente
Eis, então, a resposta à pergunta inicial. Informar é fácil. Mas, por aqui, tão perto e vezes demais, um pedido de informação simples parece abalar de tal forma os serviços públicos locais, que estes fecham-se ou avançam com desculpas esfarrapadas, negando o esclarecimento ou acenando com uma mão cheia de nada.
Serve, por isso, este modesto registo para sugerir (pedir) aos serviços públicos da Região Administrativa Especial de Macau para aprenderem e seguirem o exemplo da Direcção dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos. Informarem a tempo e com rigor.
Facultem informação de interesse público, sempre que um cidadão (ou qualquer instituição) num exercício simples de liberdade solicite um esclarecimento às entidades oficiais.
Ponham de lado formalismos e burocracias que muitas vezes mais parecem o jogo do gato e do rato que deixam um rasto de suspeita. Um dos mais nobres exercícios de administrar o bem público, de governar, é fazê-lo de forma transparente. Isso tem sido dito e redito, aqui, por quem exerce o poder. Mas é preciso ir além das palavras e dar esse pequeno grande passo. E não querer fazer desse exercício de transparência um filme sem legendas e de imagens desfocadas.
*Editor Executivo do PLATAFORMA