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Tufão Hato provocou pelo menos oito mortes e parou a cidade

A passagem por Macau do tufão Hato, o mais forte desde que há registo, fez pelo menos oito mortos, causando ainda cortes no fornecimento de eletricidade e água, e deixando um rasto de destruição por toda a cidade, com edifícios danificados, ruas bloqueadas e circulação dificultada durante o dia de ontem um pouco por toda a cidade. 

Numa conferência de imprensa com os responsáveis do Governo, ao final da tarde de ontem, foi feito um minuto de silêncio pelas oito vítimas mortais confirmadas em Macau – outra oito mortes ocorreram na província de Guangdong. O Chefe do Executivo, Chui Sai On, assumiu o compromisso de rever a resposta da cidade a situações de calamidade, ao mesmo tempo que anunciou a demissão do diretor dos Serviços de Meteorologia, Fong Soi Kun.

Além dos cinco mortos reportados em Macau na quarta-feira, durante a madrugada de quinta-feira foram encontrados dois cadáveres em parques de estacionamentos de edifícios residenciais e outro numa loja. Segundo a Proteção Civil, citada pela Rádio Macau, continuavam ao princípio da tarde de ontem os trabalhos de drenagem e buscas em parques de estacionamento.

Mais duas centenas de feridos – 19 dos quais permaneciam ontem hospitalizados segundo o canal de rádio em língua chinesa da TDM –  foram recebidos pelos hospitais da cidade.  O Centro Hospitalar Conde de São Januário foi um dos equipamentos da cidade afetado pelos cortes de energia, tendo de recorrer a geradores de retaguarda após sofrer uma interrupção de alguns minutos no fornecimento de energia.

Entre as cinco vítimas mortais confirmadas quarta-feira, um homem, de 49 anos, morreu após ter sido atropelado por um autocarro de turismo, perto do casino Grand Lisboa, e outro, de 30 anos, sucumbiu aos ferimentos após ter escorregado na rua e batido com a cabeça numa parede. Um terceiro, de 60 anos, caiu do 11º andar para o 4º andar do prédio onde morava, e um casal de residentes morreu afogado na cave da sua casa.

De acordo com o balanço da Proteção Civil da manhã de ontem, citado pela Rádio Macau, foram registados 390 incidentes, com 26 casos de danos em edifícios, quedas de reboco e objetos, além de 80 casos de objetos suspensos, incluindo queda de reclamos, toldos, placas metálicas, varas de ferro e janelas. Registavam-se ainda nove casos de objetos suspensos e quedas de andaimes e 90 casos de quedas de fios de antenas e árvores.

Durante o ‘apagão’, que afetou todo o território, foram reportados ao Centro de Proteção Civil, 63 casos de pessoas que ficaram presas nos elevadores na quarta-feira.

O ‘apagão’ generalizado ocorreu às 12h24 de quarta-feira devido a “uma falha no cabo de fornecimento de energia que faz a ligação Zhuhai-Macau” que causou “uma interrupção no fornecimento de energia por toda a Macau”, levando à ativação dos geradores locais. 

A Companhia de Eletricidade de Macau anunciou  ontem ter sido reposto o fornecimento de energia pelas 6h a todos os clientes afetados pelo apagão de quarta-feira, incluindo os principais serviços públicos. No entanto, cerca de 40 mil clientes “cujas instalações elétricas foram danificadas pelas inundações” continuavam sem energia.

Durante a manhã de ontem, cerca de 40 por cento da população permanecia sem água ou com acesso limitado a esta. O corte no fornecimento deveu-se à inundação da Estação de Tratamento de Água da Ilha Verde, que abastece mais de metade da península, e que se esperava que estivesse reparado ao final da tarde de ontem.

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