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Startups de tecnologia representam 23 por cento do capital registado por novas empresas

De acordo com a Direcção dos Serviços de Estatísticas e Censos (DSEC), houve 1117 empresas recém-estabelecidas no primeiro trimestre deste ano, um aumento de 12 empresas em relação ao anterior. Entre estas, as empresas recém-estabelecidas envolvidas na pesquisa e desenvolvimento de produtos de alta tecnologia, vendas e prestação de serviços de tecnologia da informação, tinham um capital de 46.6 milhões de patacas, representando 23 por cento do total.

A Associação de Inovação e Empreendedorismo na Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau disse que, à medida que as políticas do Governo Central a favor da RAEM se tornam cada vez mais comuns, o interesse no mercado de Hengqin e Macau, e nas quatro grandes indústrias emergentes, vai continuar a crescer.

Segundo Lok Tan Cheng, presidente da Associação, dada a pequena dimensão da economia de Macau, não é fácil atrair grandes empresas a estabelecerem-se na cidade e assim ajudarem ao seu desenvolvimento. Após a pandemia, as políticas do Governo Central para o apoio ao desenvolvimento de Macau têm aumentado, incluindo políticas que impulsionaram a qualidade e eficiência do mercado turístico da cidade, e promoveram a diversificação das indústrias definidas na política “1+4”. O Governo de Macau tem incentivado empresas de renome do Continente a estabelecerem-se em Macau e tem tomado medidas práticas para promover o desenvolvimento das quatro novas indústrias prioritárias, na esperança de que mais empresas e negócios possam emergir no mercado local. Lok, uma profissional de contabilidade, apontou que é principalmente o setor financeiro, composto por empresas não-tradicionais e de maior escala, quem recorre a serviços de contabilidade. Muitas destas empresas estão também centradas em áreas ainda não disponíveis no mercado de Macau, como fundos de equidade privada, plataformas de avaliação de seguros e outras indústrias inovadoras. Também tem havido consultas por parte de empresas de ciência e tecnologia do Continente e de grandes empresas de saúde sobre como entrar em Macau, esperando usar a cidade como ponto de partida para a sua expansão.

Segundo a DSEC, 228 empresas foram dissolvidas no primeiro trimestre deste ano, representando uma diminuição de três empresas em relação ao trimestre anterior, e um aumento de 889 empresas. Entre as empresas recém-estabelecidas, 372 estavam envolvidas no comércio grossista e a retalho, e 339 em serviços empresariais. O capital registado total caiu 15 por cento em relação ao trimestre anterior, para 200 milhões de patacas.

Quanto às fontes deste capital, 110 milhões vieram de Macau, e 71.4 milhões do Continente, representando 54,7 por cento e 35,3 por cento do total, respetivamente. Cerca de 54.66 milhões de patacas vieram de cidades do Continente na Grande Baía, das quais Zhuhai representou 80,9 por cento, enquanto 10.8 milhões de patacas vieram de Hong Kong.

Analisadas pelo montante de capital, houve 787 empresas recém-formadas com capital registado inferior a 50.000 patacas, representando 70,5 por cento do total, com um capital correspondente a 20.33 milhões de patacas ou apenas 10 por cento do total. Entretanto, 19 empresas recém-formadas possuíam um capital registado de um milhão de patacas ou mais, com o capital correspondente, 130 milhões de patacas, a representar 62,8 por cento do total.

Artigo publicado no âmbito da parceria com o Macau Daily News

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