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Argentina anuncia medidas para limitar inflação e desvalorização do peso

O governo argentino lançou medidas para tentar fortalecer o consumo, limitar o impacto da desvalorização do peso e enfrentar a inflação, que supera 100 por cento ao ano, anunciou neste domingo o ministro da Economia, Sergio Massa.

As medidas incluem abonos fiscais e o pagamento de bónus extraordinários a trabalhadores e aposentados, no contexto do Programa de Fortalecimento da Atividade Económica e do Salário.

“O objetivo central é que cada um dos setores da economia tenha, de alguma forma, o apoio do Estado”, explicou no Instagram Massa, candidato à Presidência pelo governista União pela Pátria.

“A Argentina tem um empréstimo junto ao Fundo Monetário Internacional desde 2018, que forçou uma desvalorização da nossa moeda nos últimos dias, e a pior seca da nossa história, que prejudicou as nossas reservas e contas, mas que também atingiu a economia de muitas famílias”, ressaltou o ministro.

– Bônus e créditos –

A bateria de medidas é anunciada após a desvalorização do peso em cerca de 20 por cento realizada pelo Banco Central neste mês (Photo by LUIS ROBAYO / AFP)

Entre os anúncios, está o da criação de um fundo para financiar exportações de 770 milhões de dólares, com aportes do Banco Nación e do Banco de Inversión y Comercio Exterior (Bice).

O governo também anunciou a eliminação de impostos sobre a exportação de produtos agrícolas com valor industrial agregado, como vinho, arroz e tabaco, e a entrega de fertilizantes. O governo estimou o prejuízo global deste ano devido à seca em 20 mil milhões de dólares americanos, ou quase 3 por cento do PIB.

Por outro lado, Massa anunciou linhas de crédito a taxas subsidiadas para trabalhadores, e bónus para aposentadorias e para aqueles que recebem ajuda alimentar.

A bateria de medidas é anunciada após a desvalorização do peso em cerca de 20 por cento realizada pelo Banco Central neste mês e o aumento em 21 pontos percentuais da taxa de referência, para 118 por cento ao ano, decisões que desencadearam uma aceleração na subida dos preços.

As medidas também são lançadas em meio à campanha eleitoral, após os resultados das primárias, em que o ultraliberal Javier Milei foi o mais votado (30 por cento), seguido pela oposição de direita Juntos pela Mudança (28,3 por cento) e pelo governista União pela Pátria (27,3 por cento), que consagrou Massa como candidato à Presidência.

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