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Macau envia 69 jovens para a Jornada Mundial da Juventude

Gonçalo Francisco

69 jovens de Macau, entre 30 da comunidade portuguesa e 39 da chinesa, vão marcar presença na Jornada Mundial da Juventude, entre 1 e 6 de agosto. A confirmação foi dada ao PLATAFORMA pelo padre Daniel Ribeiro, sacerdote do Coração de Jesus e assistente da comunidade de Língua Portuguesa na Catedral de Macau, que os irá acompanhar até Portugal.

Algumas notícias vieram a público dando conta que esta seria a primeira vez que jovens de Macau iriam mar- car presença neste evento religioso, mas o padre Daniel Ribeiro desmentiu essa informação. “Alguns jovens já estiveram na Jornada Mundial da Juventude que se realizou no Brasil”, disse o religioso, confirmando depois os 69 jovens que irão agora rumar a Fátima e ainda a Lisboa.

“Estiveram 30 jovens no Brasil. Este ano são 30 jovens da comunidade portuguesa e 39 da chinesa, 69 de Macau, portanto”, salientou o padre, descrevendo depois o itinerário desta comitiva durante a Jornada. “Vamos ficar uma semana em Alqueidão da Serra, a 13 km de Fátima. Iremos permanecer em casas de pessoas, pelo que essa semana está tranquila”, salientou Daniel Ribeiro, comentando depois a questão da logística em Lisboa, que está a afetar muitos milhares de pessoas que têm previsto viagem para a capital de Portugal durante a Jornada.

“Sobre Lisboa ainda não tivemos in- formação. As pessoas falam das dificuldades, de transporte, mas a organização da JMJ tem estado pronta para responder às nossas perguntas. O grupo está muito animado, aqui em Macau”, confessou.

O grupo de Macau está, portanto, a preparar-se para uma viagem religiosa marcante, sobretudo para os jovens. O padre Daniel Ribeiro salientou ao PLATAFORMA que tudo está a ser preparado ao pormenor. “Fizemos algumas formações, vamos ter outras atividades também, e no dia 22 teremos o último momento de formação, uma reunião com os jovens e com os pais que estão em Macau”, salientou o padre que antes já tinha falado desta viagem à Agência ECCLESIA.

“O povo português é muito acolhe- dor, tive oportunidade de participar noutras Jornadas Mundiais da Juventude, e acredito que a JMJ marca o jovem para sempre, é atividade pre- parada para os jovens e que transforma; estes jovens não voltarão os mesmos para Macau”, disse, referindo que o facto da JMJ ser em Portugal também ajudou a formar este grupo. “Ajudou muito a JMJ ser em Lisboa, muitos jovens têm parentes em Portugal, outros nasceram lá, e isso dá segurança aos pais, também devido à pandemia que foi exigente em questão de inscrições. Muita gente quer sair de Macau, passear, fazer viagens diferentes e também as motivações religiosas, aos poucos fomos fazendo um grupo”, refere.

Em missão em Macau desde 2016, o padre Daniel Ribeiro partilha que o grupo é “muito diversificado de nacionalidades, desde Portugal, Macau, África, uma jovem da Argentina e outra da Venezuela”, com idades entre os 14 e os 22 anos, “todos já crismados”.

Para nós é uma alegria acompanhar este grupo porque é um grupo com caminhada, com curiosidade para viver este momento de fé”, disse Daniel Ribeiro, salientando que “Macau é independente mas com governo chinês” e que este grupo vai mostrar na JMJ “como é possível ser católico num país de minoria cristã”.

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