Para maior reflexão sobre a escassez e importância da água, o Ministério realizou, ontem, uma conferência em formato virtual, sob o lema: “Água Subterrânea: Tornando o Invisível Visível”.
Durante a conferência foi destacado que Angola tem 3.442 Pontos de Água (PA), sendo a captação subterrânea uma solução para melhorar o abastecimento.
No encontro foi anunciada a existência de 1.293 Pequenos Sistemas de Água (PSA), com captação superficial ou subterrânea, habitualmente com recurso a equipamentos de bombagem e elevação e reservatórios que permitem o abastecimento a mais de um ponto de consumo (chafariz, lavandaria, balneário, bebedouro ou torneira de quintal).
Os Sistemas de Abastecimento de Água nas Sedes Municipais das Províncias do Namibe e Huíla, segundo o comunicado, têm capacidade para produzir 26.059 metros cúbicos por dia e 38.460 metros cúbicos por dia, respectivamente, com uma abrangência de 84 por cento de uma população de 615.035 pessoas, representando a maior zona com incidência da utilização de água subterrânea.
“Considerando o impacto e a necessidade específica em determinadas zonas do país, é essencial realizar estudos hidrológicos e hidrogeológicos, para que seja conhecido o potencial das águas subterrâneas, ou seja, para que seja conhecido a sua capacidade de renovação, permitindo ter informação acerca das taxas de bombagem sustentáveis e a sua distribuição, prevenindo a intrusão salina nos furos”, lê-se no comunicado, onde se refere ser possível conceber e preparar investimentos de forma sustentável, identificando novos locais para a realização de furos, estabelecendo um rendimento seguro e ter também conhecimento de possíveis ameaças à qualidade da água.
Segundo o comunicado, estão em curso, no âmbito do projecto de desenvolvimento institucional do sector das águas – BM/AFD/BEI/GOA, a preparação de estudos hidrogeológicos, geofísicos e pesquisa dos recursos hídricos no Lubango, a preparação do estudo sobre a intrusão salina nos campos de furos do sistema de abastecimento de água da cidade de Moçâmedes e a definição dos limites da exploração segura da água subterrânea.
Recentemente, ainda de acordo com o comunicado, foi aprovado um novo projecto para Angola, sob responsabilidade da TESE, “OMEVA OMWENYO”, que visa melhorar o acesso à água e segurança alimentar e nutricional, na localidade de Curoca, província do Cunene.
O Ministério da Energia e Águas refere que a água é fundamental para o desenvolvimento socioeconómico, produção de energia e alimentos, construção de ecossistemas saudáveis, para a sobrevivência da espécie humana e para fazer frente às alterações climáticas, servindo como elo crucial entre a sociedade e o meio ambiente.
Segundo o comunicado, existe, portanto, uma necessidade crescente de equilibrar a demanda dos recursos hídricos, com a necessidade das comunidades.
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