A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) está a atravessar um mau momento financeiro provocado pelo incumprimento do pagamento das contribuições por alguns países membros, revelou ontem, em Luanda, o ministro das Relações Exteriores, Téte António.
O chefe da diplomacia angolana fez essa revelação no final da XXV reunião ordinária do Conselho de Ministros da CPLP realizada por vídeo-conferência a partir de Lisboa, Portugal. Téte António, que participou no encontro a partir da sede do Ministério das Relações Exteriores, disse que o Secretariado Executivo tem alertado os Estados-membros sobre a importância de fazerem chegar as contribuições à organização. “Se não houver recursos não teremos o resultado almejado”, alertou.
O ministro não avançou montantes em falta, mas informações veiculadas pela Lusa e divulgadas, em Março, pelo Jornal de Angola davam conta de uma dívida de 3,8 milhões de euros de quotas em atraso, com o Brasil a liderar em valor e São Tomé e Príncipe em número de contribuições por pagar.
Na reunião de ontem, os ministros prepararam os documentos a serem analisados na Cimeira de Luanda, ainda sem data, devido à pandemia da Covid-19. “Adoptámos resoluções bastante importantes, sendo que uma delas foi a resolução sobre a mobilidade”, frisou. Os Estados-membros discutiram, também, a cooperação em matéria de emergência e o apoio no sistema internacional, em órgão como Conselho de Segurança das Nações Unidas.
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