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A elite escolhida por Biden

David ChanDavid Chan*

Com 306 votos eleitorais, após anunciar vitória nas eleições presidenciais americanas de 2020, Biden está agora a preparar a próxima equipa da Casa Branca. A política em relação à China parece cada vez mais clara, mas será que esta irá sofrer alguma mudança após assumir funções? Como irá a China responder? Eis o alvo de grande especulação. 

Tanto Biden como Trump veem a China como uma crescente potência rival aos Estados Unidos, porém a forma como a abordam difere. Biden não concorda com as medidas unilaterais de Trump contra a globalização, e prefere por isso equilibrar o poder chinês através das alianças.

Na área comercial, especificamente, Biden não apoia a guerra de tarifas impostas por Trump. Numa primeira fase de negociações com a China apela a uma união entre aliados e uso das atuais leis comerciais para conter a China. 

Em relação à área da ciência e tecnologia, Biden salienta a importância de que estes mesmos aliados se reúnam para desenvolver normas industriais globais para o uso de alta tecnologia. 

Para questões geopolíticas, Biden deverá aumentar o número de tropas americanas na região da Ásia-Pacífico e reanimar a posição dominante na mesma, restaurando e reformulando as alianças existentes na região. 

Biden quer corrigir as mudanças que Trump fez às políticas externas estabelecidas durante o governo de Obama, no entanto, com um crescimento contínuo da China, os conflitos entre os dois países serão resolvidos apenas a curto prazo. De seguida os EUA irão de novo, juntamente com os aliados, criar medidas internacionais para conter a China. 

Na passada quarta-feira Biden anunciou Ron Klain, assistente de longa data, como chefe de gabinete. Esta é a primeira grande nomeação de Biden, e também uma das decisões mais importantes para um presidente-eleito, com grande influência sobre a forma como irá governar. Existe um famoso ditado em Washington: “A equipa é a política”. A campanha eleitoral de Biden foi dominada pelo governo de Obama, são uma equipa de elite e diversa, grande parte dos membros formados em instituições como Harvard e Yale, a maioria em Harvard. Em termos de variedade étnica e de género, 35% da equipa de campanha de Biden é constituída por pessoas de cor e 53% por pessoas do sexo feminino, cumprindo os requisitos para um governo diverso.

O tempo é limitado, e os media americanos não se têm contido a partilhar o que consideram ser candidatos adequados para estas posições, sempre os melhores entre os melhores, como por exemplo a antiga secretária-de-estado Hillary Clinton para a posição de embaixadora para as Nações Unidas e até Barack Obama para embaixador americano no Reino Unido. Biden irá apresentar uma nova lista de membros esta semana. Estarão eles nesta lista? 

‭* ‬Editor Senior

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Meio de comunicação social generalista, com foco na relação entre os Países de Língua Portuguesa e a China

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