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Reino Unido e França ajudam Estados Unidos no ataque à Síria (2)

Os Estados Unidos, o Reino Unido e a França levaram a cabo um ataque à Síria na madrugada do dia 14 deste mês. Durante esta missão liderada pelos EUA foram usados 105 tipos diferentes de misseis que tinham como objetivo destruir edifícios de produção de armas químicas como retaliação pelos alegados ataques químicos do Governo sírio sobre a zona de Damasco. A resolução proposta pela Rússia durante a reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas foi recusada pelos Estados Unidos, França e Inglaterra, todavia, este ataque foi já criticado pela comunidade internacional. Em primeiro lugar, não existem provas suficientes de que o Governo sírio tenha usado armas químicas sobre o seu próprio povo, tornando este ataque unilateral e não justificado, visto não ter sequer recebido autorização por parte das Nações Unidas.

O ataque teve como objetivo exercer pressão sobre a Rússia e o Irão, ao mesmo tempo que combatia o líder sírio, Bashar al-Assad. Os rebeldes que os EUA têm apoiado não têm tido sucesso na luta contra o regime, estando ultimamente a perder terreno, e depois de Trump ter anunciado que iria retirar tropas americanas da Síria existia o medo de que o espaço abandonado fosse controlado pelo Estado Islâmico. 

O Reino Unido, como forma de provar a sua “relação especial” com os EUA, foi a primeira nação a demonstrar apoio. No caso de França, o presidente Macron decidiu seguir cegamente a decisão americana, demonstrando inaptidão, ignorância e ausência de visão política. Todavia, tal decisão foi imediatamente retaliada, com um ataque terrorista no dia 15, onde um carro com explosivos foi conduzido contra uma base francesa no Mali, resultando num morto e em mais de 20 feridos. Embora as intenções de tal ataque ainda sejam desconhecidas, isto demonstra mesmo assim que potenciais consequências do ataque à Síria poderão surgir em qualquer parte do mundo. Ao contrário da França, o apoio de Israel é muito mais claro. O país está preocupado, em primeiro lugar, com a possibilidade de o Estado Palestiniano estar a ser cada vez mais reconhecido internacionalmente, e com a forma como será resolvida no futuro a questão de Israel e da Palestina com o declínio do poder americano. Ao mesmo tempo, o poder iraniano na Síria não para de crescer, tal como no Iémen. A possibilidade de o Irão, o Iraque e a Síria fazerem uma coligação, juntamente com o apoio da Arábia Saudita, é também algo extremamente perigoso para Israel. Por isso, neste momento, o país está a tentar desenvolver laços com a Arábia Saudita. Por outro lado, também quer, aproveitando a autoridade americana, resolver o assunto da Síria e do Irão, afastando a Rússia do médio oriente e garantindo assim a segurança de Israel. Por isso demonstra, claramente apoio neste ataque à Síria e na luta contra tropas iranianas na Síria. Depois de Damasco ter sido atingida por mísseis cruzeiro lançados pelos EUA e pelo Reino Unido, uma série de bases aéreas do Governo sírio também foram alvo de ataques. Porém, os EUA afirmam não serem responsáveis por qualquer ataque realizado depois da madrugada de dia 14, sendo a opinião geral de que tais ataques em aeroportos sírios são de responsabilidade israelita. 

DAVID Chan  27.04.2018

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