José Kaliengue, jornalista angolano, foi um dos intervenientes convidados pelo Plataforma e pela Fundação Rui Cunha para participar num Webinar onde se debateu os efeitos da pandemia nos media , que contou com outros jornalistas espalhados pelo mundo lusófono.
Kaliengue começou por identificar as dificuldades que a pandemia impôs ao exercício da atividade jornalística, sobretudo na mobilidade, salientando que “é muito difícil de narrar o que está a acontecer” se não se consegue ir ao local, dado que “há uma cerca sanitária sobre Luanda”. Outra questão abordada pelo jornalista foi as várias fases do comportamento das audiências à evolução da situação pandémica, ilustrando a sua experiência local. “No início, quando se começou a relatar as incidências da Covid-19 criou-se uma expectativa grande e uma atenção muito grande das audiências”, disse, acrescentado que quase parecia uma “telenovela”, mas que essa atenção diminuiu à medida que mais casos foram surgindo a cobertura jornalística não acompanhou o desenvolvimento e deixou as pessoas “mais afastadas”.
Veja o vídeo completo da primeira intervenção de José Kaliengue:
José Kaliengue destacou ainda o papel que os media podem desempenhar ao contribuir “para a inovação do Produto Interno Bruto” e para a “dinamização económica”. O jornalista explicou também que os media são “fatores importantes para o crescimento e consolidação democrática de uma sociedade”, mas que não é feita essa contabilização. Kaliengue ainda fala do problema em aceitar a pluralidade dos meios de comunicação no país e da crise nos media em Angola, que já se faz sentir desde 2014. As consequências dessa crise tem dois efeitos contrários, que Kaliengue faz questão de dissecar.
Veja o vídeo completo da segunda intervenção de José Kaliengue:
Numa ronda final, o moderador convidou os intervenientes do Webinar a refletirem sobre o que aprenderam durante a conferência virtual, veja a resposta de José Kaliengue:
Veja as intervenções dos outros jornalistas lusófonos a partir daqui.
