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Webinar Plataforma: Jornalistas lusófonos debateram os efeitos da pandemia nos media

Guilherme Rego

O Plataforma e a Fundação Rui Cunha realizaram hoje, dia 17 de Dezembro, pelas 18h00 (Macau) – 10h00 (Lisboa e Luanda), um Webinar sobre os efeitos da pandemia nos media, inserido no ciclo de conferências Conversas Digitais. 

Os intervenientes do Webinar Plataforma vieram de várias partes do mundo lusófono, especificamente de Portugal, Angola e Macau e têm larga experiência profissional em orgãos de comunicação social. Juntos, debateram sobre a situação de crise vivida no jornalismo: o que mudou, e quais as soluções que permitirão ultrapassar a crise que, de acordo com alguns, nasceu antes da pandemia de Covid-19.

O debate contou com Ricardo Alexandre, diretor adjunto da TSF – Rádio Notícias (Portugal), José Kaliengue, jornalista angolano, Gilberto Lopes, vice presidente da AIPIM – Associação de Imprensa em Português e Inglês de Macau -, José Carlos Matias, diretor executivo da Project Asia Corp e presidente da AIPIM (Macau) e Arsénio Reis, diretor executivo do Plataforma (jornal lusófono). O moderador do Webinar foi Paulo Rego, jornalista e diretor-geral do Plataforma.

Ricardo Alexandre, na sua primeira intervenção, começou por abordar o futuro incerto que os media terão de enfrentar, a situação das receitas publicitárias da TSF – Rádio Notícias e a preocupação com um novo formato de jornalismo – a cobertura dos eventos de interesse à distância. Na sua segunda e última intervenção, abordou a relação entre os números de audiência e as receitas, a conversão digital dos jornais e o que, na sua opinião, se revela como a grande crise do setor de comunicação.
Veja aqui as intervenções de Ricardo Alexandre.

José Kaliengue, na sua primeira intervenção, começou por identificar as consequências que a pandemia teve na cobertura jornalística de acontecimentos e a dicotomia entre comportamento das audiências no surgimento dos primeiros casos de Covid-19, e uma segunda fase, já com vários milhares de infeções. Na segunda intervenção, o jornalista salienta a importância que os media podem ter como agentes económicos nos países em que atuam, o seu papel fulcral para uma democracia ativa e crítica, as dificuldades específicas de Angola em converter o jornalismo para formatos digitais e, por fim, critica o comportamento estadual face aos orgãos de comunicação social.
Veja aqui as intervenções de José Kaliengue.

Gilberto Lopes realçou a importância do serviço público que os media prestam, as dificuldades que os media de Macau encontraram ao lidar com a situação pandémica, o contexto totalmente diferente em que a cidade se insere relativamente a Portugal e Angola e que, por consequência desse contexto, algumas das situações apontadas pelos outros intervenientes não se fizeram sentir no jornalismo macaense. Numa segunda intervenção lançou a sua previsão para o ano de 2021, deu a sua opinião sobre o aumento ou não da credibilidade dos media no contexto de pandemia e do modelo negócio que tem de estar inerente à conversão digital da atividade.
Veja aqui as intervenções de Gilberto Lopes.

José Carlos Matias, aproveitou os comentários tecidos por José Kaliengue relativamente ao comportamento do poder público com os media para dar início à sua intervenção: a liberdade de infomação em Macau. Partindo desse ponto, explicou que a pressão económica que os media enfrentam afeta diretamente a necessidade e a libertade de escrutínio. Na sua segunda intervenção, o diretor executivo da Project Asia Corp reflete sobre a causa e necessidade do jornalismo no mundo de hoje, a importância na formação, tanto de jornalistas, como de cidadãos capazes de identificar fontes fidedignas. Para terminar, refletiu sobre como utilizar o jornalismo para o bem público.
Veja aqui as intervenções de José Carlos Matias.

Arsénio Reis, numa primeira intervenção, estabeleceu a relação entre a perda de meios dos jornais, sendo estes económicos e humanos, com a qualidade do jornalismo. Refletiu ainda sobre a falta de proximidade entre os jornalistas, fontes e eventos, como consequência da pandemia de Covid-19. No fim, reiterou que a crise dos media não começou com a pandemia. Mais tarde, abordou ao promenor as limitações ao exercício da profissão, da “iliteracia” da população, e o modelo económico que tem acompanhado o jornalismo.
Veja aqui as intervenções de Arsénio Reis.

Webinar Plataforma: Os efeitos da pandemia nos Media – Vídeo completo

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