A Tether (USDT), a maior emissora de stablecoins do mundo, demonstrou a sua eficiência operacional ao gerar 13.7 mil milhões de dólares em lucros em 2024, com apenas 165 funcionários. Com a sua posição dominante no mercado de stablecoins, uma estratégia baseada em ativos e centenas de milhões de utilizadores em todo o mundo, a Tether é hoje uma das empresas fintech mais influentes no setor das criptomoedas.
Lançada em 2014, a Tether (USDT) oferece uma moeda digital estável e altamente líquida, com uma paridade de 1:1 com o dólar americano. É amplamente utilizada em transações comerciais, remessas internacionais e finanças descentralizadas (DeFi), tendo uma capitalização de mercado superior a 95 mil milhões de dólares no ano passado.
A liderança da Tether no mercado de stablecoins deve-se a vários fatores-chave. Primeiramente, tem uma forte procura de mercado, sendo o principal par de negociação nas principais bolsas do mundo, oferecendo compensação em tempo real e transferências de baixo custo – preferida entre traders e investidores institucionais.
Além disso, é suportada por ativos robustos e altamente líquidos, como títulos do Tesouro dos EUA e obrigações corporativas de curto prazo. Isso garante a estabilidade do seu valor e reforça ainda mais a confiança dos investidores. Por fim, a vasta base global de utilizadores (mais de 400 milhões) também consolidou o seu sucesso, com ampla adoção em bolsas de criptomoedas, plataformas DeFi e pagamentos transfronteiriços.
A sua influência no mercado global não pode ser ignorada, tendo-se tornado num ativo central no ecossistema das criptomoedas. A USDT é a principal moeda de referência em grandes plataformas de criptomoedas, como Binance, OKX, ou Kraken, com um volume de negociação diário na ordem das dezenas de milhares de milhões de dólares.
Além disso, desempenha um papel crucial no setor das finanças descentralizadas (DeFi), onde é amplamente utilizada para empréstimos, liquidez e negociação. A USDT possui uma capitalização de mercado e aceitação maiores do que as suas concorrentes, nomeadamente a USDC e DAI.
Para além do comércio e das finanças descentralizadas, a USDT demonstrou também uma vantagem disruptiva nos pagamentos transfronteiriços. Devido aos seus baixos custos de transação e indepen-dência face aos bancos tradicionais, um número crescente de utilizadores não bancarizados, especi-almente na América Latina e em África, tem optado pela USDT para remessas internacionais. Esta escolha permite-lhes evitar taxas elevadas e processos de verificação morosos. A sua flexibilidade tornou a USDT numa inovação importante no mercado de pagamentos transfronteiriços, proporcio-nando uma alternativa mais eficiente ao sistema financeiro global.