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Fluminense coloca à prova no Mundial o futebol que encantou a América do Sul

Ganhar o Mundial de Clubes? Se possível, sim, claro. Mas o Fluminense, cujo futebol encantou a América do Sul, sabe o peso dos adversários que terá pela frente na Arábia Saudita.

O tricolor carioca, comandado pelo técnico Fernando Diniz, que também está à frente da Seleção Brasileira, estreia no torneio depois de ter vencido pela primeira vez a Copa Libertadores, em novembro, quando bateu na final o Boca Juniors, no Maracanã.

A conquista foi a chancela definitiva para a maturidade de um elenco que mostrou um futebol ofensivo e estético que se tornou objeto de estudo internacional.

Agora o ‘dinizismo’ vai buscar em terras sauditas um duplo objetivo: mostrar seu valor fora da América do Sul e tentar quebrar o domínio europeu no Mundial, que não é vencido por um clube sul-americano desde que o Corinthians foi campeão em 2012.

“A gente tem que acreditar sempre. Vamos enfrentar os melhores times do mundo. Vamos procurar o melhor para fazer uma grande competição. Estamos vivendo com muita intensidade a possibilidade do Mundial”, disse Diniz recentemente.

– “Adaptações necessárias” –

O tricolor estreia nesta segunda-feira (18) contra o egípcio Al Ahly com a esperança de vencer e lutar pelo título na final contra possivelmente o Manchester City, grande favorito (Photo by MAURO PIMENTEL / AFP)

Para levantar a taça, primeiro o Fluminense precisa passar por um obstáculo que já se mostrou complicado para os times brasileiros: derrotar equipes árabes na semifinal.

O tricolor estreia nesta segunda-feira (18) contra o egípcio Al Ahly com a esperança de vencer e lutar pelo título na final contra possivelmente o Manchester City, grande favorito, que também terá que passar pela semifinal.

A final hipotética colocaria frente a frente dois treinadores com estilos opostos: Pep Guardiola com seu jogo de posição e Diniz com seu jogo “aposicional”, que privilegia o espaço onde está a bola e a liberdade de movimentação e associação entre seus jogadores.

Diniz, de 49 anos, avisou que fará as “adaptações necessárias” a seu estilo, que na Seleção não engrenou, para competir no nível mais alto possível. As adequações podem acontecer na defesa, muitas vezes desguarnecida por conta do ímpeto ofensivo constante, e na forma de atacar equipes que se fecham muito. Mas a ideia geral será mantida.

“Se a gente muda o que a gente faz como rotina, a chance de nos fragilizarmos é muito maior (…) Vamos procurar fazer o melhor dentro das nossas características”, disse o treinador brasileiro.

– Mescla de jovens e experientes –

Supporters of Fluminense celebrate obtaining the Libertadores Cup title while the team parades through the city center of Rio de Janeiro, Brazil on November 12, 2023. (Photo by CARL DE SOUZA / AFP)

A engrenagem ofensiva do Fluminense tem peças perigosas e não se limita apenas aos atacantes. As saídas de bola costumam começar nos pés do experiente lateral-esquerdo Marcelo, de 35 anos, que se movimenta por diferentes setores do campo.

O criativo Paulo Henrique Ganso, de 34, cadencia e pensa o jogo, municiando os velozes Jhon Arias e John Kennedy, além do homem-gol da equipe, Germán Cano, que balançou as redes 40 vezes em 2023.

A defesa é comandada pelo veterano goleiro Fábio, de 43 anos; o combativo Felipe Melo, de 40, e o capitão Nino, de 26. No meio-campo, o destaque é o jovem volante André, de 22 anos. Diniz conseguiu mesclar o talento de jovens promessas com o de jogadores acima dos 30 anos e que muitos acreditavam não serem capazes de render.

“A gente sabe que a gente vai ter duas finais, né? Uma é a semifinal e, se Deus quiser, dando tudo certo, partindo para o jogo final”, disse em uma entrevista o lateral Marcelo, tetracampeão do Mundial de Clubes pelo Real Madrid (2014, 2016, 2017 e 2018).

“Pode acontecer qualquer coisa. Então a gente vai brigar muito, vai correr, vai lutar, vai deixar o suor na camisa”, prometeu Cano.

Plataforma com AFP

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