Início » 1.ª C-PLPEX dá novo impulso à cooperação económica e comercial sino-lusófona

1.ª C-PLPEX dá novo impulso à cooperação económica e comercial sino-lusófona

A 1.ª “Exposição Económica e Comercial China-Países de Língua Portuguesa (Macau)” (C-PLPEX) trouxe produtos de alta qualidade e serviços especializados do mercado local, do interior da China e dos nove Países de Língua Portuguesa. Foi a maior do género até à data, promovendo a cooperação sino-lusófona nos setores MICE, comércio e alimentação. Representantes dos PLP referiram que a exposição excedeu largamente as expetativas e reconheceram que Macau é o melhor canal para entrar no mercado chinês

Plataforma Studio

Durante os quatro dias da C-PLPEX (19 a 22 de outubro), realizaram-se várias atividades, como bolsas de contactos e concursos para promover os produtos alimentares dos PLP, e aprofundar a função de Macau como “Centro de Distribuição dos Produtos Alimentares dos Países de Língua Portuguesa”, aprofundando o papel da Região como plataforma de cooperação comercial e económica sino-lusófona.

Oportunidades de negócio

Mirandolina Freitas, Diretora de qualidade da IlhaPeixe, empresa portuguesa de transformação de pescado

A IlhaPeixe, empresa portuguesa que se dedica à transformação e venda por grosso de produtos do mar nacionais, veio pela primeira vez a Macau. Na sessão de bolsa de contactos “Oportunidades de Negócios em Produtos Alimentares dos Países de Língua Portuguesa”, a responsável de qualidade da empresa, Mirandolina Freitas, disse que o principal objetivo era perceber as necessidades e produtos de interesse para o mercado asiático.

Os clientes de Macau foram os que mostraram maior interesse nos seus produtos, apesar de também ter sido procurada por empresas do interior da China. “Embora não saibamos o resultado final, o mais importante é que quebrámos a barreira geográfica, trouxemos os nossos produtos para Macau e tivemos uma experiência rica.”

Freitas acredita que, como representante de um país lusófono, participar numa exposição em Macau é muito importante para iniciar contactos com potenciais clientes. Afirma que esta exposição facilitou o intercâmbio comercial entre os PLP e a China, que sofre quando se tem de compreender as necessidades de uns e dos outros à distância.

300 Empresas da China e dos Países de Língua Portuguesa
260 Expositores dos Países de Língua Portuguesa
142 Bolsas de Contacto

Duan Yanhui, Diretora geral da Shanghai Huanchao Catering, compradora

Duan Yanhui, diretora geral da Shanghai Huanchao Catering Management Company Limited, que participou na C-PLPEX como comprador, disse que só soube da qualidade dos produtos agrícolas portugueses através da exposição. “O mais gratificante é o facto de ter encontrado os ingredientes que queria. Espero que Macau possa ajudar-nos, enquanto plataforma sino-lusófona, a trazer a comida portuguesa diretamente para a nossa mesa”.

Cerca de 18 empresas da China e da Lusofonia trouxeram 32 vinhos para os “ G100 x 1.ª C-PLPEX — Prémios de Vinhos e Bebidas Espirituosas mais Promissores dos Países de Língua Portuguesa “

Concursos aumentam visibilidade

A 1ª C-PLPEX coorganizou o “G100 x 1. ª C-PLPEX – Prémios de Vinhos e Bebidas Espirituosas mais Promissores dos Países de Língua Portuguesa” e os “Prémios para os Grãos de Café dos Países de Língua Portuguesa” com avaliadores profissionais de renome na China e com a China Coffee Association Beijing, com o objetivo de ajudar os PLP a reforçar a sua presença no mercado chinês.

Os dois concursos contaram com 34 fornecedores e agentes da Lusofonia e Macau que, no seu conjunto, trouxeram 58 produtos.

A Casa Angola Internacional foi uma das distribuidoras de vinhos premiadas, tendo recebido os prémios “Excelência” e “Distinção” pelos seus vinhos do Porto Branco e Porto Tawny Borrelho, respetivamente. Rui Pedro Moreira, diretor executivo da empresa, referiu que o número de expositores e compradores na feira foi muito superior ao dos anos anteriores, tendo a empresa abordado diretamente várias empresas.

Rui Pedro Moreira, Casa Angola Internacional, CEO da Casa Angola Internacional, empresa de vinhos

“Os nossos produtos portugueses têm sido expostos em Macau nos últimos 20 anos e isso dá aos potenciais compradores chineses a confiança de que estão a trabalhar com uma empresa fiável e com produtos de qualidade. Este é um primeiro passo muito importante, porque agora será muito mais fácil entrar no mercado continental. Macau sempre foi a melhor forma de entrarmos no mercado chinês.”

A Cafeeiro Limitada, uma empresa de comércio de café do Brasil, recebeu os “Prémios para os Grãos de Café dos Países de Língua Portuguesa” pela categoria do seu café “Catimor”. Leonardo Venturini Filho, proprietário da empresa, disse que era a primeira vez que vinha à Ásia e que a exposição em Macau era uma grande oportunidade para os seus produtos entrarem no Continente. Também elogiou a organização por “trazer os melhores expositores e compradores”. “No primeiro dia da feira, já tínhamos falado com quase dez compradores, e os resultados foram muito além das nossas expetativas. A procura por café aqui é enorme, e estou muito entusiasmado com o potencial que existe”.

Leonardo Venturini Filho, Cafeeiro Limitada, Proprietário da Cafeeiro Limitada, empresa de café brasileira

Entre Macau e Hengqin

Com o objetivo de promover o novo modelo de desenvolvimento Macau-Hengqin “Plataforma de Macau + Recursos Internacionais + Espaço Hengqin + Partilha de Realizações”, a C-PLPEX organizou uma delegação de mais de 40 empresas dos PLP para visitar a Zona de Cooperação Aprofundada em Hengqin durante a exposição. O objetivo é dar a conhecer o ambiente de investimento e negócios em Hengqin.

Representantes de empresas do Brasil comentaram que a política “Um Evento, Dois Locais” lhes permitiu compreender as políticas preferenciais de Hengqin, e proporciona mais oportunidades para as empresas brasileiras entrarem no mercado chinês e expandirem os seus negócios.

160 Representantes de empresas, expositores e compradores do interior da China, dos PLP, Hong Kong, Macau e Hengqin participaram no programa “Um Evento,  Dois Locais”

As três exposições organizaram quatro eventos com base no princípio “Um Evento, Dois Locais”, sob temas como as oportunidades de negócio entre a China e Portugal, o intercâmbio MICE entre Hong Kong, Hengqin e Macau, os negócios e comércio de Macau e Hengqin, e cooperação de marcas.

Recorde de expositores lusófonos

A 1.ª C-PLPEX, decorreu em simultâneo com a 28ª Feira Internacional de Comércio e Investimento de Macau (28ª MIF) e a 20ª Exposição Internacional de Franchising de Macau (2023 MFE), tendo terminado no dia 22 de outubro.

As três feiras atraíram um total de 1200 expositores, dos quais cerca de 430 vieram de Macau, e os outros 770 de 14 países e regiões, incluindo o interior da China, os PLP, Tailândia, Japão, etc. Os expositores foram emparelhados com mais de 2000 compradores vindos dos quatro cantos do mundo.

A 1ª C-PLPEX vem substituir a Exposição de Produtos e Serviços dos Países de Língua Portuguesa (PLPEX), trazendo maior escala. O Brasil, por exemplo, contou com o maior número de expositores, marcas e delegações de sempre.

A 1ª C-PLPEX contou com sete zonas de exposição: o “Pavilhão de Exposição de Informações da China e dos Países de Língua Portuguesa”, a “Zona de Exposição das Agências de Promoção Comercial e Câmaras e Associações Comerciais”, os “Zona de Exposição das Províncias e Cidades do Interior da China”, a “Zona de Exposição das Empresas dos Países de Língua Portuguesa”, a “Zona de Exposição dos Produtos dos Países de Língua Portuguesa”, a “Zona de Exposição de Comércio Eletrónico Transfronteiriço” e a “Zona de Serviço de Exposição por Representação”

Contate-nos

Meio de comunicação social generalista, com foco na relação entre os Países de Língua Portuguesa e a China

Plataforma Studio

Newsletter

Subscreva a Newsletter Plataforma para se manter a par de tudo!