Noutra encarnação, terá sido um faquir, partenaire do Drácula, porteiro de um hotel de cinco estrelas ou quiçá Gloria Swanson. Nesta, foi o rosto apresentador do Festival da Canção e dos Jogos Sem Fronteiras, aos quais deu a sua cara e o seu corpo, decerto também algo do espírito, coisas de que só hoje temos vaga lembrança e que de nós exigem até basto esforço de memória, cada vez mais falha, pois que, também como ele, já não vamos para novos (e ninguém diga que está bem).
Na rua, diz, a toda a hora lhe pedem para tirar selfies, como se fosse um chefe de Estado, que em parte o foi e é, tantas foram as tardes e noites em que consigo teve um país inteiro à mercê, coladinho à tela. O mundo a seus pés, ou quase, seja em tempos de ditadura, seja nos pródromos da democracia, que cobriu como locutor do Telejornal do canal público, o único que então existia, para bem dos nossos bocados.
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