É por demais conhecido o fado do RMS Titanic, com os seus 260 metros de comprimento, 53 metros de altura e motores com estatura de 12 metros. A viagem inaugural entre os portos de Southampton, no Reino Unido, e de Nova Iorque, nos Estados Unidos da América, terminou num torvelinho de tragédia, com perto de 1500 mortes. Sobre os segundos finais, antes do silêncio nas águas geladas, escreveram-se as seguintes palavras: “Os gritos dos que pediam ajuda permanecerão na minha me- mória até ao dia em que eu morrer.”
As palavras entregues às páginas da revista Motion Picture News, na edição de 27 de abril de 1912, são creditadas a Dorothy Gibson. A atriz, modelo e dançarina americana não só testemunhou in loco o naufrágio do Titanic, como reiterou na tragédia: 31 dias decorridos sobre o confronto do icebergue com o colosso da engenharia naval do século XX, a debutante da 7.ª Arte levava ao ecrã a recriação do momento.
Dorothy Gibson, nascida em Nova Jersey no ano de 1889, protagonizou a película Saved From the Titanic, obra de dez minutos, filha do cinema mudo. A primeira entre muitas dramatizações da tragédia suscitou louvores, mas também críticas e fez de Dorothy a única mulher que sobreviveu duas vezes à tragédia do Titanic, uma real, outra ficcionada.
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