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Indústrias farmacêutica e alimentar são alvo prioritário para a delegação económica que viaja para Portugal

Nelson Moura

Uma delegação com mais de 50 empresários locais vai acompanhar o Chefe do Executivo naquela que é a sua primeira viagem a Portugal desde que assumiu o posto. Segundo o documento a que o PLATAFORMA teve acesso, as visitas centram-se nas indústrias farmacêutica e alimentar.

A delegação viaja com o Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau, parando em Lisboa e no Porto, entre 16 e 24 de abril. Segundo o programa provisório da viagem, a delegação chega no dia 17, tendo uma visita agendada nessa mesma tarde à Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP). Ao jantar, reúne-se com associações empresariais sino-portuguesas, incluindo a Associação de Comerciantes e Industriais Luso-Chinesa e a Câmara de Comércio Portugal-China Pequenas e Médias Empresas (CCPC-PME).

No dia seguinte (18), visita a Quinta da Marmeleira, em Alenquer, uma quinta vinícola detida e operada pelo empresário de Macau, Wu Zhiwei. À tarde desloca-se à Luz Saúde, um dos maiores grupos de prestação de cuidados de saúde no mercado português, e no qual o grupo chinês Fosun é acionista maioritário através da seguradora Fidelidade.

Ainda antes do jantar com a Câmara de Comércio e Indústria Luso-Chinesa e a Associação de Jovens Empresários Portugal-China, passarão pelo Grupo Sovena, uma empresa agroindustrial focada na produção de azeite e óleos alimentares.

A manhã do dia 19 está reservada para a Delta Café, uma empresa portuguesa de torra e empacotamento de café detida pelo Grupo Nabeiro e com sede em Campo Maior, Alentejo. Á tarde, a delegação participa na cerimónia de abertura de uma ação de promoção turística organizada pela Direcção dos Serviços de Turismo de Macau (DST), na Praça do Comércio, em Lisboa.

Esta iniciativa inclui um espetáculo de luz e imagem sobre Macau nas fachadas da Praça do Comércio, com quatro apresentações por noite, entre 15 e 22 de abril. A DST vai também organizar uma sessão de apresentação com operadores turísticos portugueses e de Macau, juntamente com as seis operadoras de jogo e o Instituto Cultural.

Parece-me que os objetivos são claros e resumem-se ao reatar dos contactos com o mundo empresarial português e a exploração de novas oportunidades

José Sales Marques, presidente do Instituto
dos Estudos Europeus

Terminada a cerimónia de abertura, a delegação económica participa no Seminário Macau-Portugal de Investimento e Promoção Turística, no Hotel InterContinental Lisbon.

A 20 de abril, a mesma delegação visita duas instituições ligadas à medicina: Fundação Champalimaud, uma fundação portuguesa sem fns lucrativos, com a fnalidade de desenvolver atividades de pesquisa científca no campo da medicina; e a Hovione, uma farmacêutica com laboratório em Macau.

Ainda no mesmo dia deslocam-se ao Nautical Portugal, um projeto de economia marítima em Cascais.

A 21 de abril o grupo parte para o Porto, visitando apenas a empresa farmacêutica BIAL. No dia seguinte visita a produtora vinícola Quinta da Boeira, em Vila Nova de Gaia, e a Corticeira Amorim, o maior grupo de transformação de cortiça do mundo. No dia 23 embarcam no Porto, chegando a Macau no dia 24.

Agenda flexível com “objetivos claros”

O presidente da Associação Comercial Internacional para os Mercados Lusófonos adianta ao PLATAFORMA que além das paragens previstas no documento, estão planeadas visitas a uma fábrica de calçado, setor no qual o país “é mundialmente conhecido”, e à fábrica de papel Navigator, “cujos produtos de papel A4 são os mais importados de Portugal para Macau e Hong Kong”. Por outro lado, Eduardo Ambrósio indica que a delegação poderá ser dividida em dois grupos, para os empresários escolherem as visitas que mais lhes interessam.

Segundo o empresário macaense, vai também haver uma sessão de ‘business matching’ entre empresários portugueses e empresários de Macau, Hengqin e da Grande Baía. “Inclui distribuição de produtos alimentares e de bebidas, supermercados e uma visita às instalações da Delegação Económica e Comercial de Macau em Lisboa.”

Para José Luís Sales Marques, presidente do Instituto de Estudos Europeu de Macau, a delegação empresarial viaja com objetivos concretos. “Parece-me que os objetivos são claros e resumem-se ao reatar dos contactos com o mundo empresarial português e a exploração de novas oportunidades.”

Enquanto Ambrósio considera que “realmente faltam” mais sessões de captação de investimento para a Grande Baía no programa, Sales Marques acredita que estas serão incluídas em futuras delegações. “Acho que é importante promover a Grande Baía como destino turístico integrado”, diz o economista ao PLATAFORMA.

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