“É hábito que as autoridades chinesas apontem o dedo a alguém e inventem um crime”, adiantou Grace Meng, mulher de Meng Hongwei, ex-líder da Interpol, citada em comunicado, denunciando “acusações falsas usadas para perseguir politicamente [a sua] família”.
Nomeado presidente da Interpol em 2016, Meng Hongwei, antigo vice-ministro chinês de Segurança Pública, desapareceu subitamente da sede da organização policial na cidade francesa de Lyon, em setembro de 2018.
O desaparecimento de Meng Hongwei chegou às manchetes da imprensa internacional. Dez dias depois, Pequim anunciou que havia regressado à China e que havia sido preso por ser suspeito de corrupção.
No final do seu julgamento em 2020, o antigo presidente da Interpol foi condenado a 13 anos e meio de prisão, estando, desde então, preso. A sua mulher diz não ter notícias suas.
A justiça chinesa acusa-o — em particular — de ter recebido 14,46 milhões de yuans (dois milhões de euros) em subornos, entre 2005 e 2017, “aproveitando as suas funções e os seus poderes”.
Agora Grace Meng encontra-se na mira das autoridades chinesas.
“As evidências revelam que a maioria dos subornos aceites por Meng Hongwei foram mantidos e colocados à disposição da sua mulher […], que alegadamente estava em França“, indicou hoje a agência de notícias chinesa Xinhua.
Grace Meng é acusada de ter “conspirado” com o marido e seu caso agora é “tratado de forma separada”, acrescentou a Xinhua.
O anúncio foi feito um mês depois de Grace Meng ter falado em vários meios de comunicação social franceses.
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