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Novas vantagens para o setor financeiro de Macau

Guilherme Rego

Pequim lançou o “Projeto de Gestão Financeira Transfronteiriça da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau”, que permite novas vantagens para o setor financeiro de Macau e Hong Kong. Com a nova medida, os residentes das regiões administrativas especiais podem investir em fundos chineses através de bancos da Grande Baía. No sentido inverso, residentes das nove cidades da China continental integradas na Grande Baía podem investir em fundos de Hong Kong e Macau, através de credores locais. 

A cerimónia de lançamento realizou-se na semana passada (10), e contou com a participação do Banco Popular da China, do Governo Popular da Província Guangdong, do Governo de Hong Kong e do Governo de Macau.  

O projeto tem o objetivo de promover e facilitar o investimento transfronteiriço individual dos residentes da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau. O mecanismo em causa traz novas oportunidades de desenvolvimento para o setor financeiro de Macau, proporcionando mais opções de gestão financeira e de investimento para os residentes da Grande Baía.  

Os residentes de Macau e Hong Kong podem agora abrir uma conta de transferência de fundos nos bancos de Macau e uma conta de investimento em renminbis nos bancos cooperantes do Interior da China, através dos bancos de Macau, com o intuito de adquirir produtos financeiros qualificados e comercializados pelos bancos do Interior da China.  Os residentes do Interior da China, que habitam nas cidades da Grande Baía, podem abrir uma conta de transferência de fundos nos bancos do Interior da China e uma conta de investimento nos bancos cooperantes de Macau, através dos bancos do Continente, para realizar as mesmas atividades. 

Ho Iat Seng, Chefe do Executivo da RAEM, referiu que a implementação do “Projeto de Gestão Financeira Transfronteiriça” demonstra a determinação da China na construção da Área da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau e constitui uma iniciativa relevante de apoio para o desenvolvimento do setor financeiro moderno de Macau. Ainda acrescentou que a medida promove a melhor integração da cidade no desenvolvimento nacional, bem como fomenta a diversificação adequada da economia. Na Grande Baía, os canais de fluxo de fundos serão abertos através do “Projeto de Gestão Financeira Transfronteiriça”  que, por um lado, promoverá o desenvolvimento diversificado dos produtos financeiros das instituições financeiras de Macau e, por outro, fará com que o renminbi (RMB) passe a ser, de forma gradual, uma moeda importante para o investimento no exterior. 

Leia mais sobre como a Área da Grande Baía está a influenciar a diversificação da economia em Macau em: “Hengqin é a plataforma para a diversificação económica”

 “A China controlou a pandemia de Covid-19 de forma mais eficaz que o resto do mundo. Isso permitiu que as nove cidades da Grande Baía permanecessem resilientes e crescessem economicamente em 2020”, disse ao South China Morning Post Robert Lui Chi-Wang, sócio da Delloite, em Hong Kong.  

Na sua opinião, a Área da Grande Baía tem potencial para, a médio e longo prazo, estar situada entre as 10 maiores economias mundiais. “O Projeto de Gestão Financeira Transfronteiriça é um motor de crescimento para o densenvolvimento da região”, afirma.  

No ano passado, o Produto Interno Bruto na Área da Grande Baía excedeu os 1,6 biliões de dólares americanos. Esse valor coloca a região como a 9ª maior economia do mundo (não fosse parte da China), à frente do Canadá, Coreia do Sul, e atrás da Itália, de acordo com os dados divulgados pelo Banco Mundial e governos.   

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