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Covid-19: DGS responde a Marcelo e explica isolamento do primeiro-ministro

Plataforma com Agências

A Direção-Geral da Saúde (DGS) justificou o isolamento imposto ao primeiro-ministro com o “princípio da precaução em Saúde Pública, no atual momento epidemiológico”.

Apesar de estar vacinado contra a covid-19, ter o certificado da vacinação e ainda um teste de diagnóstico negativo, António Costa está mesmo assim a cumprir um período de isolamento, por indicação da Direção-Geral da Saúde (DGS), depois de ter contactado com dois infetados.

A razão, esclareceu a DGS em declarações à TSF, prende-se com o “princípio da precaução” e com o que está previsto em duas normas. “As pessoas vacinadas são abordadas, no que diz respeito ao isolamento e testagem, respetivamente, da mesma forma que as pessoas não vacinadas”.

“Esta matéria encontra-se presentemente em discussão e poderá ser atualizada com base na evolução da evidência científica e se a situação epidemiológica assim o suportar”, acrescentou a autoridade.

O Presidente da República tinha defendido esta quarta-feira que as autoridades sanitárias deviam explicar publicamente o motivo para ser imposto isolamento ao primeiro-ministro, apesar de vacinado e com certificado digital covid-19, por ter tido contacto com um infetado.

“Isto tem de ser explicado, para que não haja a ideia errada de que a vacina não serve para nada. Nós temos de vacinar e vacinar mais, há uma campanha de vacinação importante em curso e por isso é bom que os portugueses não fiquem com dúvidas”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.

Segundo o chefe de Estado, é preciso explicar aos portugueses “por que é que uma pessoa, apesar de vacinada há mais de um mês com um certificado que lhe permite andar pela Europa e pelo mundo, sair do território português, no entanto está sujeita à mesma obrigação de quarentena ou de isolamento profilático durante dez dias que uma pessoa não vacinada ou só com uma dose de vacina”.

“Tem de se explicar bem, para que não apareça como uma desvalorização da vacina”, reforçou.

Marcelo Rebelo de Sousa defendeu essa explicação “cabe às autoridades sanitárias” e deve ser feita publicamente: “Se for um português vacinado há mais de um mês com a vacinação completa, aí tem de se explicar ao próprio e à família porquê. Aqui, como é um primeiro-ministro, penso que é importante explicar aos portugueses porquê”.

“Eu acho que esta explicação é importante, se não as pessoas ficam baralhadas, e a autoridade do Estado implica a credibilidade, credibilidade quer dizer que as pessoas acreditem em quem define regras, porque, se deixam de acreditar, entram em desconfinamento selvagem, que não tem nada a ver com desconfinamento organizado”, argumentou.

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