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Governo angolano diz que há “paz efetiva” em Cabinda apesar de “ações de guerrilha”

A província de Cabinda é palco, “de vez em quando”, de acções de guerrilha, admitiu o ministro de Estado e Chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, general Pedro Sebastião. Mas recusa que haja instabilidade na região

Segundo o angolano Novo Jornal, o general Pedro Sebastião respondia a uma questão referente a recentes notícias sobre um alegado reconhecimento tácito pela ONU da existência de um grupo de guerrilha em Cabinda.

Pedro Sebastião acabou por admitir, como não sucedia há muito tempo da parte de um membro do Executivo de Luanda, que “de vez em quando, aqui e acolá, podem surgir grupos que possam fazer uma ou outra ação” em Cabinda devido à porosidade das fronteiras.

“De vez em quando, aqui e acolá, podem surgir grupos que possam fazer uma ou outra ação não como acção organizada”, afirmou.

“As notícias de Cabinda nas redes sociais não correspondem à verdade, há naquele território uma paz efetiva”, garantiu o general Pedro Sebastião.

O ministro de Estado e Chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, explicou que, “tal como em Lunda há grupos de marginais, também é possível que em Cabinda, com as fronteiras porosos que temos, possam surgir aqui e acolá situações de violência, mas daí a considerar que existe uma situação de instabilidade, vai uma grande distância”.

A visão do Governo contradiz em absoluto o que têm sido as notícias chegadas de Cabinda através de ativistas civis ou da própria FLEC (Frente de Libertação do Estado de Cabinda).

Recentemente, os guerrilheiros da FLEC-FAC anunciaram a morte de pelo menos cinco pessoas, incluindo soldados das Forças Armadas Angolanas através de um “comunicado de guerra”.

Este grupo tem divulgado múltiplos comunicados anunciando repetidas ações de guerrilha que, sublinhe-se, o Governo de Luanda e as chefias militares ou não reagem ou refutam.

Também o deputado da UNITA, Raul Danda, primeiro-ministro do Governo sombra da UNITA, considerou há pouco tempo, citado pela Lusa, que é “verdadeira insanidade” o Governo angolano negar a existência de um conflito armado em Cabinda, conclui a notícia do Novo Jornal.

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