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O caso de Xingxing, abusada desde os 14 anos, está a indignar a China

A história de Xingxing (um pseudónimo) está a ser vista como um teste para o ainda pequeno movimento #MeToo na China. Aos 14 anos, a jovem foi enviada pela mãe para viver com um advogado de sucesso em Pequim, que iria ser o seu tutor e guardião. Acabou vítima de violação e em cativeiro por quatro longos e penosos anos.

Agora, aos 18 anos, a jovem decidiu contar a sua história em público, usando o pseudónimo Xingxing, e o seu caso foi publicado nos media chineses levantando uma onda de indignação, conta na edição de hoje o jornal norte-americano The New York Times.

O movimento #MeToo ganhou um pequeno impulso na China nos últimos anos, apesar de o Partido Comunista Chinês impor limites ao ativismo e ter um controlo apertado sobre os tribunais,

O homem no centro da história de Xingxing é Bao Yuming, um advogado que estudou nos Estados Unidos e que tem sido consultor de algumas das mais importantes empresas chinesas, incluindo o gigante das telecomunicações ZTE.

Bao, que está com 40 e muitos anos, reconheceu ter tido uma relação próxima com Xingxing mas negou ter ultrapassado os limites. Mas depois de a jovem ter contado o caso nos media chineses, o advogado foi despedido do cargo de vice-presidente de uma importante petrolífera do Leste da China e também foi forçado a deixar o seu assento no Conselho de Administração da ZTE.

Na segunda-feira, à medida que a indignação pública crescia com o caso, por entre relatos de que a polícia inicialmente ignorou as queixas de Xingxing, o governo garantiu que iria investigar os factos. Uma hastag sobre o caso no Weibo, uma rede social popular na China, teve mais de 790 milhões de visualizações na segunda-feira.

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