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DELTA CAFÉS QUER MAIS CHINA NAS SUAS EXPORTAÇÕES

 

O Grupo Delta Cafés entrou na China há quase um ano e espera que este mercado, que vale cerca de 1% das suas exportações, faça parte do “top 5” dentro de cinco anos, previu o administrador, João Manuel Nabeiro.

“Estamos presentes em Macau há muitos anos, através de distribuidores, e entrámos em Xangai no final do ano passado, também através de um acordo de distribuição dos nossos produtos”, explicou à Lusa.

“A entrada foi através de uma parceria com uma empresa do grupo Bright Foods, que é um dos maiores distribuidores de produtos alimentares na China”, adiantou João Manuel Nabeiro, que disse que a oportunidade “surgiu na sequência da prospeção de potenciais parceiros” que o grupo andou a fazer naquele país.

“Da primeira reunião à assinatura do contrato, as coisas correram de forma relativamente fluída e ambas as partes estão empenhadas em fazer crescer o nosso negócio e, também, acelerar o desenvolvimento do consumo de café naquele país”, afirmou.

Questionado sobre o peso da China nas exportações do grupo, João Manuel Nabeiro adiantou que atualmente “deve andar próximo a 1%”, mas o administrador acredita que “nos próximos três a cinco anos [a China] possa estar no top 5 do negócio nos mercados internacionais” do grupo.

Em relação à faturação no primeiro ano de atividade, João Manuel Nabeiro disse que “será na casa das centenas de milhar de euros, mas inferior a um milhão”.

O grupo está presente na China com as suas duas maiores marcas: Delta, com café em grão e moído, e Delta Q, nas cápsulas.

“Esta última é uma marca extraordinária para começar a criar hábitos de consumo de café expresso”, adiantou o gestor.

Sobre o investimento no mercado chinês, João Manuel Nabeiro disse que o que foi feito “está totalmente focado na vertente comercial do negócio, com o objetivo de desenvolver o mesmo em conjunto com os nossos parceiros chineses”.

Relativamente à instalação de uma unidade transformadora na China, João Manuel Nabeiro disse que não existe, nem está previsto qualquer investimento nesta área.

Em relação às vendas, o administrador referiu que “é prematuro falar em crescimento”, isto por que o negócio arrancou no final de 2013.

“Tem sido um ano encorajador quanto ao futuro, mas estamos ainda, claramente, numa fase de aprendizagem”, disse, adiantando que 2015 será “na verdade o ano 1” do negócio.

“Encaramos 2014 como o ano 0, ou seja, ano de aprendizagem, que nos serviu para aprofundar a relação com o nosso parceiro e afirmar a nossa estratégia comercial”, acrescentou.

Questionado sobre quando espera atingir o retorno do investimento (‘break-even’), o administrador explicou que “não tendo feito qualquer investimento industrial” o grupo não vê as coisas nessa perspetiva.

Isto porque “o que estamos a investir está focado em gerar experimentação e desenvolver um negócio puramente comercial, em que a comercialização é feita através dos nossos parceiros em território chinês”.

Quando questionado se a China pode servir de pólo da Delta Cafés para os países vizinhos, João Manuel Nabeiro considerou que “certamente que sim”.

O Grupo Delta Cafés encara a China “como um mercado chave no continente asiático e, por isso, um centro nevrálgico da nossa estratégia de internacionalização naquela zona do globo”, acrescentou. Atualmente, a empresa portuguesa de Campo Maior tem um colaborador a tempo inteiro em Xangai e uma “equipa multifuncional que presta apoio desde Portugal e que acompanha também ‘in loco’ [localmente] a operação”.

A entrada na China é mais um passo na internacionalização do Grupo Delta Cafés, mercado “altamente apetecível, com ritmos de crescimento elevadíssimos e com a abertura dos consumidores chineses em experimentar produtos de elevada qualidade, mesmo que estrangeiros”, adiantou.

“É precisamente neste eixo da elevada qualidade e sabor único do nosso café expresso que assenta a nossa aposta nesse país”, concluiu.

 

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