Candidatos evangélicos mostraram a sua força nas eleições do último domingo no Brasil, obtendo votações expressivas para parlamentos de diferentes Estados, como São Paulo, Bahia e Pernambuco, e para o governo do Rio de Janeiro.
Marcelo Crivella, do Partido Republicano Brasileiro (PRB, ligado à Igreja Universal do Reino de Deus) passou para a segunda volta na disputa do executivo Estadual do Rio de Janeiro, em segundo lugar, com 20,26% dos votos. O presidente nacional do partido, Marcos Pereira, é bispo daquela igreja.
Em São Paulo, o pastor Marco Feliciano (Partido Social Cristão) foi reeleito como o terceiro deputado federal mais votado, com mais de 398 mil votos. O antigo presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados é bastante criticado por ativistas e membros da sociedade civil por defender a eficácia da “cura-gay”.
O candidato mais votado a deputado federal pelo Estado, Celso Russomano, do Partido Republicano Brasileiro (PRB, ligado à Igreja Universal do Reino de Deus), recebeu mais de 1,5 milhão de votos e, com eles, elegeu outros sete membros de seu partido, quatro deles evangélicos.
Na Baía, o cantor irmão Lázaro, do PSC, foi eleito com mais de 161 mil votos, também o terceiro deputado federal mais votado de seu Estado. Em Pernambuco (nordeste brasileiro), o pastor Eurico (Partido Socialista Brasileiro) foi o segundo mais votado para o cargo, com 233,7 mil votos.
Apesar da pequena votação de seu candidato à Presidência, pastor Everaldo (0,75% do total), o PSC também obteve uma boa colocação no Legislativo Estadual do Paraná, onde elegeu o deputado mais votado, Ratinho Jr, com mais de 300 mil votos, e outros 11 candidatos do partido.
A politóloga Jacqueline Quaresemin, diretora do instituto de pesquisa Opinare, afirma que a chamada bancada evangélica do Congresso Nacional brasileiro chegará fortalecida a 2015.
“Os evangélicos assumiram um discurso moralmente mais conservador em relação a direitos civis e sociais. O crescimento da bancada evangélica pode impactar nas votações do Legislativo, independentemente de quem seja o Presidente”, declarou a politóloga.