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NONO CASO DE DENGUE “IMPORTADO”

 

Dengue assusta no Delta. Mais de 20 mil pessoas infetadas na província de Cantão e nove casos de dengue “importado” em Macau estão a alarmar autoridades sanitárias e sociedade civil.

 

Os Serviços de Saúde de Macau confirmaram na quarta-feira o nono caso importado de febre de dengue no território.

O paciente é um residente de Hong Kong, de 36 anos, que vive na região vizinha de Zhuhai, trabalha em Macau e, entre os dias 15 e 22 de setembro, esteve nas Filipinas em serviço, segundo os Serviços de Saúde.

O trabalho de fiscalização do Governo para prevenir febre de dengue deve ser reforçado, disse ao Plataforma Macau a diretora da Delegação da Zona Norte do Território da União Geral das Associações dos Moradores de Macau (UGAMM), Chao I Sam.

“Até ao momento, registaram-se em Macau 10 casos de febre de dengue, dois dos quais são locais. Os Serviços de Saúde apelam novamente a toda a população para ter particular atenção à higiene ambiental, eliminando as águas estagnadas nos domicílios ou no local de trabalho, impedindo a proliferação de mosquitos.” sublinha um comunicado da entidade.

A União Geral das Associações dos Moradores de Macau vai realizar uma atividade de grande escala com os outros organismos no dia 8 de outubro na zona norte da cidade, com o intuito de desenvolver ações de prevenção e controlo de febre de dengue para os residentes de Macau. “O trabalho de divulgação sobre a febre de dengue é insuficiente e o Governo deve reforçar a fiscalização e aplicação da lei porque não temos poder para fazer isso”, vincou a responsável da UGAMM Chao I Sam.

“Temos um grupo de limpeza que é composto por voluntários e colegas e que foi criado em 2004. Além disso, juntámos um grupo de 100 voluntários para reforçar as ações de divulgação sobre a prevenção e controlo da doença na zona Ilha Verde, Fái Chi Kei, Toi San, entre outros, especialmente nos `pontos negros de higiene ambiental´. Vamos distribuir folhetos e cartazes, bem como limpar as águas estagnadas para aumentar a consciencialização dos residentes no que diz respeito à higiene, reforçou Chao.

Também os Serviços de Saúde contactaram com o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM), de modo ativar o plano de emergência para prevenir a febre de dengue. “Os trabalhos de eliminação de mosquitos foram intensificados e têm sido desenvolvidas ações de desinfestação periódica em jardins e outros espaços de lazer”, acrescentou ao Plataforma Macau Lai Chi Weng, porta-voz do IACM.

Além da cooperação entre o Governo e a UGAMM, o setor de turismo também precisa de assumir um papel importante na divulgação de informações sobre a prevenção da dengue, concluiu Chao I Sam.

 

CANTÃO A BRAÇOS COM DENGUE

As autoridades sanitárias da província chinesa de Cantão (Guangdong), adjacente a Macau e a Hong Kong, registaram no sábado 1.279 novos casos de dengue, uma doença transmitida principalmente por mosquitos, revelou a agência Xinhua.

O número total de pessoas infetadas subiu para 20.132, de acordo com os números na Comissão Nacional de Saúde e Planeamento Familiar da China.

Duas pessoas morreram no sábado, elevando o número de mortos para cinco, quatro destes na capital da província, Cantão, e outro na cidade de Foshan. Este novo surto de dengue, considerado o pior em 20 anos, afetou 19 das 21 cidades da província do sul da China.

O governo municipal de Guangdong apelou, em comunicado, aos cidadãos que eliminem as águas estagnadas para evitar a reprodução dos mosquitos transmissores da doença.

As autoridades sanitárias atribuem este novo surto às altas temperaturas e à humidade que caracterizam a região, onde a população de mosquitos é cinco vezes superior ao normal.

 

Laura Lao

 

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