O país quer sair do ciclo da exportação em bruto da sua principal produção
O Governo guineense anunciou esta semana a criação de um fundo de 1,9 milhões de dólares para financiar projetos de transformação da castanha de caju, principal produto agrícola do país, mas que é exportado em bruto para a Índia.
O ministro da Economia e Finanças, Geraldo Martins, assinou com Serifo Jaquité, presidente do conselho de administração da Fundei (Fundação Guineense para o Desenvolvimento Empresarial e Industrial), uma convenção que regula o acesso ao fundo a taxas de juro entre três a quatro por centro e com reembolso num ano.
O dinheiro será proveniente do Funpi (Fundo de Promoção de Pequenas e Médias Indústrias de Transformação), um imposto cobrado pela Câmara do Comércio nas transações da castanha do caju em bruto, mas apropriado pelo Governo.
O presidente do conselho de administração da Fundei disse que a verba será utilizada essencialmente para financiar os operadores privados da indústria de transformação da castanha de caju. O fundo servirá para formação e compra de equipamentos, para além da aquisição da matéria-prima – a própria castanha de caju.
O ministro da Economia e Finanças notou que a convenção hoje assinada assinala um “novo marco” no relacionamento entre o Estado e o setor privado. O diretor executivo da Fundei, Califa Seidi, explicou que o dinheiro estará disponível “brevemente”, podendo os interessados apresentar propostas.
Será possível aceder aos fundos mediante um “critério rigoroso”, acrescentou Califa Seidi, notando que a taxa de juro estará muito baixo do que os bancos comerciais praticam, entre 17 e 18 por cento, referiu.
O empréstimo deverá ser reembolsado num prazo máximo de 12 meses.
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