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CPLP QUER CONSÓRCIO PARA EXPLORAÇÃO DE HIDROCARBONETOS

 

Os chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) aprovaram esta semana, em Díli, uma resolução para criar um grupo técnico com vista ao estabelecimento de um consórcio petrolífero na organização.

Segundo a resolução, os líderes da CPLP decidiram aprovar a proposta de Timor-Leste para ser criado um Grupo Técnico de Estudo, aberto à participação dos Estados-membros, para a exploração e produção conjunta de hidrocarbonetos no espaço da organização.

No documento, os chefes de Estado e do Governo lusófonos decidiram também que o Grupo Técnico vai funcionar no “âmbito das reuniões periódicas dos ministros da Energia da CPLP, em consonância com o quadro orientador para as reuniões ministeriais”.

A decisão foi tomada com base no “enorme potencial de cooperação no contexto da CPLP, nomeadamente no que concerne à articulação de uma visão de conjunto da sua dimensão energética, destinada sobretudo a reforçar a importância da comunidade neste setor específico”.

O chefe da diplomacia timorense, José Luís Guterres, explicou, em conferência de imprensa, no final da XIX reunião ordinária de Conselho de Ministros, em Díli, que este grupo técnico irá “estudar as possibilidades de criação de um consórcio a nível da CPLP com a liberdade de participação de governos e empresas privadas nacionais na área do setor energético para investirem na exploração de hidrocarbonetos nos nossos países”.

Segundo o ministro timorense, há a possibilidade de o “consórcio vir a explorar o ‘offshore’” de Timor-Leste “nos tempos próximos”. “Esperemos que o grupo técnico possa trabalhar o mais rapidamente possível para que isso se torne realidade para os nossos países”, sublinhou.

A recomendação para a criação de um Grupo Técnico de Estudo para a Exploração e Produção Conjuntas de Hidrocarbonetos no Espaço da CPLP foi feita na sequência de uma proposta apresentada pelo primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão, para a criação de um consórcio de exploração que juntasse as empresas estatais de hidrocarbonetos dos vários Estados-membros. O objetivo de Timor-Leste é que o consórcio seja concretizado durante a presidência timorense da CPLP.

Os países da CPLP produziram no ano passado cerca de 4,5 milhões de barris de petróleo por dia, ficando em quarto lugar no ranking mundial, depois da Arábia Saudita, Rússia e Estados Unidos, sobretudo graças à contribuição do Brasil e Angola. Contando com a Guiné-Equatorial, que entrou para o bloco, esse valor aumenta para cerca de cinco milhões de barris diários.

De acordo com o texto da resolução aprovada em Díli, estima-se que as reservas de hidrocarbonetos no espaço da CPLP deverão, em 2015, corresponder, em conjunto, ao sétimo maior produtor do mundo e ao quarto em 2025.

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