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Jovem planeava “matar um grande número de pessoas” em concerto de Taylor Swift em Viena

O jovem de 19 anos detido quarta-feira na Áustria planeava um atentado suicida num dos concertos da cantora norte-americana Taylor Swift em Viena, com o objetivo de "matar um grande número de pessoas", segundo os serviços secretos locais.

Em conferência de imprensa, Omar Haijawi-Pirchner, diretor dos Serviços de Informação (DSN), informou sobre a “confissão completa” do jovem, que “tencionava cometer um atentado com explosivos e armas brancas”.

“O seu objetivo era matar-se a si próprio e a um grande número de pessoas, hoje ou amanhã, durante o concerto”, acrescentou.

As autoridades encontraram material dos grupos terroristas Estado Islâmico (EI) e Al-Qaida na casa de um dos suspeitos.

O Governo austríaco, através dos ministros da Administração Interna e dos Negócios Estrangeiros, garantiu ter sido “evitada uma tragédia”.

“Uma tragédia foi evitada” nos concertos da cantora norte-americana, mas a situação é “grave”, afirmou o titular da Aministração Interna, Gerhard Karner, informando que o principal suspeito, entre três detidos, confessou os seus planos e tinha muito trabalho avançado no fabrico do explosivo.

O chefe da diplomacia, Karl Nehammer, defendeu na quarta-feira que “a intensa colaboração” entre a polícia e a Direção de Informações e Segurança do Estado, dependente do Ministério do Interior, conseguiu “detetar a tempo” e combater a ameaça.

“A situação em torno do ataque terrorista aparentemente planeado em Viena era muito grave”, sublinhou o diplomata, num comunicado divulgado na rede social X (antigo Twitter).

Na sequência das detenções, Taylor Swift anunciou o cancelamento de três concertos previstos na capital austríaca.

As agências noticiosas divergem no número de detidos no âmbito desta operação, referindo dois jovens de 19 e 17 anos, enquanto a agência noticiosa espanhola EFE já inclui um terceiro menor de 15 anos.

O líder do plano tem 19 anos, enquanto um segundo suspeito de 17 anos tinha sido recentemente contratado para fazer parte da segurança privada do concerto e detido por equipas antiterroristas nas imediações do estádio Ernst Happel e, alegadamente, pretendia facilitar as ações do líder do grupo.

O jovem de 19 anos, detido em Ternitz, a 65 quilómetros de Viena, demitiu-se do seu emprego a 25 de julho e disse que “tinha grandes planos para o futuro”, declarou aos jornalistas Franz Ruf, diretor-geral da segurança pública.

“Desde então, tem-se concentrado nos preparativos para um ataque terrorista”, acrescentou Ruf, referindo que também foram tomadas medidas para mudar a sua aparência física.

As autoridades indicaram terem sido encontradas nas buscas realizadas várias substâncias, incluindo peróxido de hidrogénio, bem como dispositivos técnicos e materiais de fabrico de bombas.

Também foi apreendida uma sirene da polícia, que se suspeita que seria utilizada para chegar ao local do atentado ou para fugir.

Os detidos estavam concentrados nos planos de ataque desde o final de julho e o líder da célula tinha jurado fidelidade ao grupo terrorista Estado Islâmico.

A operação antiterrorista começou hoje de manhã em Ternitz e durou várias horas, durante as quais um lar de idosos e outros edifícios foram evacuados e foram montados bloqueios de estradas, de acordo com a agência de notícias austríaca APA.

Viena foi alvo de um ataque terrorista em novembro de 2020, no qual morreram quatro pessoas.

Em dezembro, as autoridades detiveram quatro suspeitos de planear um ataque à catedral de Santo Estêvão, no centro da cidade.

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