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Lucros do BNU em Macau crescem 45,2% no primeiro trimestre deste ano

O Banco Nacional Ultramarino (BNU) em Macau anunciou hoje lucros de 163,2 milhões de patacas no primeiro trimestre do ano, um aumento homólogo de 45,2 por cento, sobretudo graças à subida dos juros.

O aumento dos lucros foi “sustentado por um aumento de 7,1 por cento na receita líquida de juros, totalizando 17,5 milhões de patacas, (…) principalmente devido ao aumento das taxas de juro”, indicou o banco, em comunicado.

A Autoridade Monetária de Macau aprovou três aumentos da principal taxa de juro de referência no ano passado, a última das quais uma subida de 0,25 pontos percentuais, introduzida em maio, seguindo a Reserva Federal norte-americana.

O BNU disse ainda que os lucros das operações financeiras aumentaram em 17,8 milhões de patacas, sobretudo “devido à ausência de uma perda única resultante da alienação de investimentos financeiros” no primeiro trimestre de 2023.

O banco indicou ainda que sofreu perdas de 1,3 milhões de patacas com crédito malparado e aplicações financeiras entre janeiro e março, menos 92,9 por cento do que em igual período de 2023.

Ainda assim, o BNU garantiu que “mantém-se empenhado em monitorizar a qualidade do crédito e em providenciar proteções adequadas para potenciais perdas, conforme necessário, a fim de manter a estabilidade da sua posição financeira”.

No final de março, os bancos de Macau tinham acumulado empréstimos vencidos no valor de 45,4 mil milhões de patacas, um máximo histórico e mais 111,3 por cento do que em igual mês do ano passado.

O banco indicou ainda que sofreu perdas de 1,3 milhões de patacas com crédito malparado e aplicações financeiras entre janeiro e março, menos 92,9 por cento do que em igual período de 2023.

O BNU referiu que mantém “um rácio de solvência robusto de 23,9 por cento (…), bem acima do requisito regulatório mínimo de 8 por cento”, assim como “níveis de liquidez adequados”, e garantir estar preparado “para enfrentar os desafios do atual ambiente económico”.

O produto interno bruto (PIB) de Macau cresceu 80,5 por cento em 2023, depois de dois anos consecutivos em queda, na sequência do fim da política de restrições impostas pela pandemia da covid-19 e a retoma do turismo.

Ainda assim, a Direção dos Serviços de Estatística e Censos sublinhou que a economia da região administrativa especial chinesa ainda só representa cerca de 80 por cento dos níveis registados antes da pandemia.

O BNU disse que as despesas operacionais cresceram em 6,3 milhões de patacas, em comparação com o primeiro trimestre de 2023, sobretudo devido ao “aumento dos gastos com a digitalização”, pessoal e publicidade. O banco tinha apresentado lucros de 587,3 milhões de patacas no ano passado, um aumento de 82,4 por cento.

O BNU tem sede em Macau e pertence ao Grupo Caixa Geral de Depósitos (CGD), sendo, juntamente com o Banco da China, banco emissor de moeda na região administrativa especial da China.

Plataforma com Lusa

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