O acordo foi comunicado após uma reunião de duas horas e meia entre o candidato do KMT, Hou Yu-ih, o candidato do TPP, Ko Wen-je, e o presidente do KMT, Eric Chu, tendo como testemunha o antigo Presidente de Taiwan Ma Ying-jeou (KMT), noticiou o canal de televisão local SETN News.
Os dois partidos tencionam desafiar o candidato do Partido Democrático Progressista, no poder, e atual vice-Presidente, William Lai, que as sondagens indicam ser o favorito.
O acordo estabelece que cada um dos partidos vai nomear um perito em estatística para examinar e avaliar as sondagens publicadas por vários meios de comunicação social e as sondagens internas dos partidos, embora a forma como as avaliações vão ser efetuadas não tenha sido explicada em pormenor.
Se houver uma diferença superior à margem de erro estatística entre os dois candidatos, o que tiver mais apoio será o candidato presidencial e o outro será apresentado como candidato a vice-Presidente. No caso de a diferença estar dentro da margem de erro, Hou será o candidato presidencial e Ko a vice-Presidente.
Os resultados vão ser anunciados no sábado, após o que os dois partidos devem criar uma comissão de campanha para apoiar a nomeação de um ou outro candidato.
Os dois partidos também se comprometeram a formar um Governo de coligação se ganharem as eleições, em que o quarto concorrente, também em último lugar nas intenções de voto, é o milionário Terry Gou, fundador da empresa tecnológica Hon Hai Precision Industry, que monta o iPhone e outros aparelhos eletrónicos e é conhecida internacionalmente como Foxconn.
O resultado destas eleições vai definir o rumo da política de Taiwan em relação à China, numa altura de tensões crescentes entre Taipé e Pequim, que reivindica a soberania sobre a ilha.
O mandato da atual Presidente, Tsai Ing-wen, que não poderá candidatar-se a um terceiro mandato, tem sido marcado por tensões acrescidas com a China, especialmente desde o verão passado, por causa da visita da então líder da Câmara dos Representantes do Congresso dos Estados Unidos Nancy Pelosi, alvo de protestos das autoridades chinesas.
Taiwan, para onde o exército nacionalista chinês fugiu, depois de ter sido derrotado pelas tropas comunistas na guerra civil, é governada de forma autónoma desde 1949, embora a China reivindique a soberania da ilha, que considera uma província rebelde, não excluindo o uso de força para assegurar a reunificação.
Plataforma com Lusa