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Criminalidade em Macau desce 15,8% na primeira metade do ano

A criminalidade em Macau desceu 15,8% no primeiro semestre deste ano, comparativamente a igual período de 2021, anunciou hoje a secretaria para a Segurança da região administrativa chinesa.

As autoridades instauraram 4.983 casos de inquérito criminal, o que se traduz numa “redução de 932 casos” nos seis meses em análise, em comparação com o período homólogo de 2021, segundo um comunicado daquele departamento governamental.

Na criminalidade violenta (rapto, homicídio, abuso sexual de criança, sequestro, tráfico e venda de drogas, roubo, violação, fogo e ofensa grave à integridade física), as autoridades registaram 83 casos na primeira metade deste ano, contra 129 em igual período do ano passado, numa redução de 35,7%.

“No âmbito dos crimes de violência grave, de rapto, de homicídio e de ofensas corporais graves, continuamos a manter uma taxa zero ou uma taxa muito baixa”, acrescentou-se no documento.

Também os crimes contra o património apresentaram uma queda no valor de 10,5%, com 2.596 casos nos seis primeiros meses de 2022.

Neste balanço da criminalidade da primeira metade de 2022, o gabinete do secretário para a Segurança Wong Sio Chak sublinhou que “a redução mais significativa” aconteceu nos crimes informáticos.

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No primeiro semestre de 2022, registaram-se 107 casos, uma descida de 510 casos em comparação com o período homólogo do ano passado, representando uma diminuição de 82,7%.

“Isso leva a concluir que as medidas especiais de prevenção e de combate aplicadas pela polícia têm obtido resultados notáveis”, defendeu o gabinete de Wong Sio Chak.

No entanto, as forças de segurança destacaram o registo de 17 casos de abuso sexual de crianças, mais sete do que em igual período de 2021, um aumento atribuído à utilização de redes sociais “para fazer novos amigos”.

No relatório sublinhou-se ainda o surgimento de “alguns métodos de burlas” telefónicas ou informáticas, relacionados com o surto de covid-19 que atingiu Macau a partir de 18 de junho.

O impacto deste surto “na economia e na vida da população de Macau não pode ser ignorado. No futuro, poderão surgir mais fatores de instabilidade suscetíveis de afetar a segurança da sociedade”, segundo a secretaria para a Segurança.

Numa avaliação ao impacto da situação da indústria dos casinos na segurança de Macau, as autoridades realçaram “uma queda significativa no número de crimes relacionados ao jogo”, “especialmente devido à redução de entrada de turistas” durante o recente surto.

O jogo representa cerca de 80% das receitas do Governo e 55,5% do produto interno bruto (PIB) de Macau, numa indústria que dá trabalho a mais de 80 mil pessoas, ou seja, a 17,23% da população empregada.

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