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Descoberta de investigador português pode ajudar a rejuvenescer o sistema imunitário

Rui Frias

Equipa do imunologista Nuno Alves descobriu uma proteína que é responsável pelo desenvolvimento das células T, fundamentais na resposta a infeções, abrindo horizontes sobre futuras terapias para regular a produção dessas células e reforçar o sistema imunitário dos mais frágeis, como idosos ou doentes imunocomprometidos

As células T desempenham um papel central na resposta imunitária do nosso organismo contra ameaças externas (vírus, bactérias…) ou internas (tumores). A importância da ação destas células ficou mais uma vez demonstrada ao longo da pandemia de covid-19, não sendo por acaso que a doença afeta de forma mais grave a população envelhecida ou pacientes imunocomprometidos – faixas da população com um sistema imunitário mais deficitário. Agora, uma equipa de investigadores portugueses liderada por Nuno Alves, do i3S, no Porto, descobriu uma proteína, a LAMP2, responsável pelo desenvolvimento das células T no timo, o que vem trazer esperança sobre a possibilidade de regular a produção dessas células e reforçar, assim, a resposta imunológica.

“O timo é um órgão fundamental na nossa resposta imunológica, porque é o único local do organismo onde são produzidas as células T. Tem essa função exclusiva. E sem essas células T, a nossa resposta imune fica comprometida”, começa por explicar o cientista. Situado na cavidade torácica, perto do coração, o timo tem como principal tarefa realizar a maturação das células estaminais jovens produzidas na medula óssea – e transportadas pela corrente sanguínea até ao timo – transformando-os então células T (ou linfócitos T). Ora, da diversidade desse “exército” de células T produzido no timo depende então a resposta do nosso sistema imunitário face a vírus, bactérias, fungos e outros patógenos.

“É como um exército com diferentes batalhões específicos, cada qual equipado para reconhecer especificamente determinados corpos estranhos. Ou seja, cada conjunto de células T tem um recetor exclusivo para um determinado agente invasor. Agora, com o SARS-CoV-2, a grande maioria das pessoas conseguiu responder à ameaça porque tem um conjunto de células que tem um recetor para as proteínas específicas deste vírus. A resposta das células T é altamente específica. E o importante é gerar esse espectro de diversidade, na ordem dos biliões de células com missões diferentes, no nosso sistema imunitário”, esclarece Nuno Alves.

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