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Projeto luso-europeu apresenta manuais de língua portuguesa

Lusa

Um projeto luso-europeu, de reforço da supervisão das finanças públicas timorense apresentou hoje doze manuais de português para fins específicos, na conclusão de uma ação de formação em língua portuguesa

Um projeto luso-europeu apresentou manuais em língua portuguesa. Os manuais foram desenvolvidos no quadro dos processos de formação conduzidos pela “Parceria para a melhoria da Prestação de Serviços através da Gestão e Supervisão das Finanças Públicas reforçada em Timor-Leste” (PFMO).

Desenvolvidos ao longo do projeto, os 12 manuais estão direcionados às áreas de Auditoria Financeira, Auditoria Social, Prevenção e Investigação Criminal e Criminalidade Económica e Financeira.

Cofinanciado pela União Europeia e pelo Instituto Camões, o PFMO dinamizou até agora quase 30 cursos de língua portuguesa para fins específicos – de 180 horas de duração – em várias instituições incluindo a Câmara de Contas (CDC), na Inspeção-Geral do Estado (IGE), na Polícia Científica e Investigação Criminal (PCIC), na Comissão Anticorrupção (CAC) e em várias organizações da sociedade civil.

Os cursos começaram em maio de 2019 e terminam no final deste ano e envolveram vários professores e formadores portugueses.

Participaram no programa 328 formandos de seis instituições com um total de mais de 65 mil horas de formação, cerca de metade do objetivo, tendo o calendário sido condicionado pela pandemia.

Sublinhando a crescente importância da língua portuguesa na administração pública e nas instituições públicas timorenses, o embaixador português em Díli, José Pedro Machado Vieira disse que os resultados da formação técnica são potenciados pela formação línguistica.

“O PFMO tem apoiado, ao longo de mais de 2 anos, a formação intensiva em língua portuguesa de nível técnico, adaptada ao contexto de trabalho de cada instituição parceira”, recordou.

“Em virtude do trabalho desenvolvido, verifica-se invariavelmente uma maior confiança e segurança na mobilização das competências técnicas, abrindo caminho ao incremento da qualidade, da produtividade e da eficácia no desempenho profissional”, frisou.

Mário Machado, Gestor de Programas da Delegação da União Europeia em Timor-Leste sublinhou a importância de conciliar a formação de vocação mais técnica, do PFMO, com o componente de formação em língua portuguesa.

“O PFMO deixa um valioso legado, pela capacitação de centenas de quadros, mas pelos recursos didáticos que deixa produzidos. Estes manuais, cadernos de exercícios e uma plataforma online podem ser utilizados, adaptados para permitir a continuidade de formação no futuro, e para preparação de futuros quadros das várias instituições”, afirmou.

“Isso acrescenta mais valor e sustentabilidade ao trabalho realizado. E a sustentabilidade destes projetos é um fator essencial”, disse ainda.

A apresentação dos manuais decorreu numa cerimónia no Centro Cultural Português, em Díli, e responsáveis de várias instituições timorenses, incluindo o diretor do Serviço do Ordenador Nacional, Gregório Ferreira da Silva e o diretor nacional da Polícia Científica de Investigação Criminal (PCIC), Vicente Fernandes Brito, entre outros.

Financiado pela UE e pelo Camões-Instituto de Cooperação e da Língua e implementado pela instituição portuguesa, o programa PFMO é uma parceria para a melhoria da qualidade de prestação de serviço público, através do reforço da gestão e supervisão das finanças públicas.

O programa inclui uma componente dirigida à melhoria dos mecanismos e instrumentos de gestão das finanças públicas, com um apoio orçamental direto da UE no valor de 17 milhões de euros.

O segundo componente, no valor de 12 milhões de euros, destina-se ao reforço da supervisão das finanças públicas, para reforço das instituições nacionais e para assegurar a capacitação de quadros e técnicos de oito parceiros de Timor-Leste – Parlamento Nacional, a Câmara de Contas, a Procuradoria-Geral da República, a Comissão Anti-Corrupção (CAC), a Polícia Científica de Investigação Criminal (PCIC) e a Inspeção-Geral do Estado (IGE).

É ainda dado apoio a jornalistas e à sociedade civil, para fortalecimento do processo de fiscalização pública das contas do Estado.

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