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“Divergências inultrapassáveis”. Eleições antecipadas a 30 de janeiro

Susete Francisco

Marcelo marca eleições para final de janeiro para afastar campanha do período natalício. Presidente justifica decisão com rutura na base de apoio do Governo e fala de uma crise incompreensível para os portugueses

Está definida a data das eleições legislativas: 30 de janeiro foi o dia escolhido por Marcelo Rebelo de Sousa e ontem anunciado ao país. O Presidente da República opta, assim, por uma data posterior à que tinha sido sugerida pela generalidade dos partidos, que tinham manifestado preferência por 16 de janeiro. Afastar a campanha eleitoral e os debates entre os candidatos do período natalício e de ano novo foi a justificação dada pelo chefe de Estado para a escolha do último domingo de janeiro.

“O sensato é apontar para debates e campanha a começar em 2022, mas não em cima do dia de ano novo, mas ainda assim termos eleições em janeiro – como eu disse desde o primeiro momento – compatibilizando a desejável rapidez com a devida atenção a um período sensível na vida das pessoas”, argumentou o chefe de Estado, sustentando que campanha e debates no período natalício e de ano novo “são, a todos os títulos, indesejáveis, e podem ser meio caminho mandado para um aumento da abstenção”.

Numa breve comunicação ao país, durante cerca de dez minutos (leia na íntegra AQUI), Marcelo defendeu que o chumbo do orçamento foi incompreensível para os portugueses: “Nada de menos compreensível para o cidadão comum, que desejava que o Orçamento passasse, que entendia que já bastava uma crise na saúde, outra na economia, outra na sociedade e dispensava mais uma crise política a somar a todas elas”. Mas, concretizado o chumbo, não havia alternativa a eleições antecipadas – “Todos dispensávamos mais uma eleição poucos meses depois de outra, mas é o caminho que temos pela frente para refazer a certeza, a segurança, a estabilidade, ultrapassando esta rejeição do Orçamento”.

Uma rejeição que aconteceu num “momento especialmente importante”, num “ano decisivo” para o país, a sair da maior pandemia dos últimos cem anos e no “começo de um período irrepetível de acesso a fundos europeus”. “Em devido tempo tentei dizê-lo”, justificou Marcelo, dando o seu próprio exemplo como líder da oposição, há 25 anos, quando aprovou três orçamentos “dos quais em larga medida discordava” para que Portugal não se afastasse do caminho de adesão à moeda única.

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