Benfica foi superior em boa parte do desafio, mas adormeceu no tempo extra e apanhou um valente susto, com os ucranianos a chegarem ao golo. Valeu o VAR…
Dominador em boa parte do jogo, o empate do Benfica sem golos em casa do Dínamo Kiev acaba por ser paradoxalmente um resultado bastante positivo para a equipa portuguesa, em face do que aconteceu nos três minutos de tempo extra: nesse período de tempo, os russos construíram cinco (!) oportunidades de golo – três delas no mesmo lance – e acabaram mesmo por introduzir a bola na baliza de Vlachodimos, por intermédio de Shaparenko. No entanto, o VAR descobriu (e bem) que o médio ucraniano estava fora de jogo e o golo foi anulado.
Na Champions continua a ser muito difícil para as águias regressarem a Portugal com os três pontos: fora de casa são já seis desafios consecutivos sem o conseguirem (a última vitória foi em casa do AEK Atenas, a 2 de outubro de 2018) e nos últimos 13 só o conseguiram por duas vezes. A penúltima ocasião, curiosamente, foi diante do Dínamo Kiev – triunfo por 2-0 a 19 de outubro de 2016.
Jorge Jesus apresentou quatro novidades em relação ao onze inicial do jogo com o Santa Clara: Gilberto, Otamendi, Rafa e Yaremchuk renderam, respetivamente, Diogo Gonçalves, Lucas Veríssimo (castigado), Darwin e Rodrigo Pinho. Destaque para a estreia de Morato na fase de grupos da Champions, ao lado de dois “pesos pesados” como Otamendi e Vertonghen.
Este foi certamente um jogo muito especial para Yaremchuk. Formado no Dínamo Kiev, a verdade é que acabou por não se afirmar nos ucranianos a nível sénior, onde realizou 11 jogos, sem qualquer golo marcado. Com apenas 21 anos, acabaria por mudar-se para os belgas do Gent.
Mal o jogo tinha começado e logo Rafa voltou a mostrar que atualmente é o principal desequilibrador dos encarnados, arrancando ao seu estilo enquanto serpenteava pelos adversários e rematando, com a bola a desviar num defesa visitado. Foi um Benfica pressionante no início, empurrando o Dínamo Kiev para trás. No entanto, aos oito minutos, Otamendi ia deitando tudo a perder com uma perda de bola comprometedora, obrigando Vertonghen a cometer falta numa zona muito perigosa. No livre direto, Shaparenko obrigou Vlachodimos a grande defesa.
Esse lance não alterou a feição da partida, com o Benfica a ter mais bola e colocando em sentido os jogadores da casa através das iniciativas individuais de Rafa. O Dínamo não se importava de conceder a iniciativa do jogo aos encarnados. Aliás, parecia sentir-se confortável dessa forma, aproveitando para depois partir em contra-golpes. Que no entanto foram raros durante toda a primeira parte. E quando aconteceram não foram conduzidos da melhor forma.
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