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Nova subsidiária do Banco da China em Macau

Plataforma com Agências

O Banco da China (BOC) anunciou esta semana que vai estabelecer uma nova subsidiária, em Macau, com um capital social  de 13 mil milhões de patacas (1,6 mil milhões de dólares americanos), focada no apoio ao desenvolvimento da Área da Grande Baía e e do setor financeiro local. 

De acordo com o BOC, a Comissão Reguladora da Banca e Seguros da China e o Governo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) já autorizaram o estabelecimento do banco. No entanto, são ainda necessárias outras aprovações por parte das diversas autoridades reguladoras. 

O Conselho de administração do grupo já tinha autorizado o estabelecimento do banco em junho de 2019, mas em virtude das “incertezas” existentes relativamente ao total do capital a investir, o grupo decidiu suspender a divulgação do investimento e concluiu primeiramente os procedimentos internos de registo e aprovação. 

A sucursal do Banco da China em Macau, anteriormente conhecida como Macau Namtong Bank, foi criada pelo empresário Zhuang Shiping em junho de 1950 e formalmente rebatizada como sucursal do Banco da China Macau em 1987. Atualmente, detém uma licença bancária completa prestando serviços bancários e financeiros a empresas e a particulares, na RAEM. É a maior sucursal do BOC no estrangeiro. 

O grupo do BOC divulgou ainda que deterá 100 por cento do novo banco a criar em Macau, e que vai focar-se no mercado dos Particulares e das Pequenas e Médias Empresas locais. 

A nova subsidiária do Banco da China Limitada (Macau) definirá a sua estrutura de acordo com os requisitos das autoridades reguladoras relevantes da China continental e de Macau e será gerida como uma subsidiária de nível 1 do Banco da China. Fonte ligada ao BOC esclarece ao PLATAFORMA que esta nova subsidiária vai ter “plena autonomia” nas suas decisões, dando um exemplo: “a subsidiária pode emprestar 200 milhões aos clientes, mas a sucursal de Macau só pode emprestar cerca de 100 milhões. Se exceder esse valor, o pedido tem de ser apreciado pela sede.”  

Este investimento é um passo importante para o Banco apoiar as necessidades estratégicas do país e o desenvolvimento da Área da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau, bem como para satisfazer as necessidades financeiras do Governo de Macau. 

O grupo BOC pretende criar uma sinergia para o desenvolvimento de um “sistema de serviços abrangente” entre o governo de Macau, grandes empresas nacionais e estrangeiras, residentes locais e pequenas e médias empresas, e que possa abranger serviços e produtos tão diversos como a banca comercial, a gestão de ativos, seguros, fundos, investimentos, e trusts. 

“Num esforço conjunto, tornaremos o negócio da banca maior e mais forte em Macau”, salientou o BOC. 

No final de 2020, a sucursal de Macau do BOC detinha mais de 40 por cento da quota de mercado local das poupanças e empréstimos. Empregava mais de 1800 trabalhadores, representando aproximadamente 30 por cento do número total de empregados da banca em Macau. 

No sentido de desenvolver a Área da Grande Baía numa das maiores regiões económicas do mundo e aprofundar a integração de Macau e Hong Kong na região, as autoridades chinesas anunciaram uma série de políticas para transformar Macau num centro financeiro. 

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