OE2021 tem 776 milhões de euros para apoios covid dirigidos às pessoas singulares, mas até final de abril, o governo já assumiu 1,1 mil milhões em despesa. É quase 40% mais do que a dotação anual aprovada. Défice público quase triplicou em abril.
Adotação orçamental para 2021 relativa às medidas especiais covid-19 dirigidas às famílias é de 776 milhões de euros, mas esta verba já foi largamente ultrapassada, revelou, na quarta-feira, o Ministério das Finanças (MF). No final de abril, os gastos efetivos nesta rubrica estavam quase 40% acima da despesa anual prevista no Orçamento do Estado de 2021 (OE2021).
Em março, surgiu o primeiro sinal de esgotamento dessa linha orçamental dos apoios covid aos beneficiários singulares a cargo da Segurança Social, com a despesa acumulada do primeiro trimestre a atingir os 813 milhões de euros.
Mas ontem, de acordo com o novo boletim da execução orçamental, soube-se que a rubrica deu um novo e significativo salto em abril à boleia do agravamento da pandemia no arranque deste ano e da imposição de um novo confinamento, que obrigou muitas partes da economia portuguesa a parar ou a reduzir drasticamente a atividade.
Segundo o gabinete do ministro das Finanças, João Leão, “os apoios a cargo da Segurança Social” ascenderam a “1.071 milhões de euros”, ou seja, estão 38% acima da dotação anual aprovada com o Orçamento do Estado de 2021. “E mantêm um forte crescimento”, acrescentou o gabinete do ministro.
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