Sérgio Rodrigues, escritor brasileiro, aderiu à tese da autonomia do português do Brasil, com base em “argumentos linguísticos fartos” e numa “fenda gramatical que vem se alargando”.
Oescritor e jornalista brasileiro Sérgio Rodrigues, 59 anos, publicou uma coluna no jornal Folha de S. Paulo, no dia 12, a declarar adesão às teses da autonomia do “português brasileiro”. Em entrevista por e-mail ao DN, o vencedor do Grande Prémio Portugal Telecom de Literatura, de 2014, com O Drible (Companhia das Letras), explica que “argumentos linguísticos fartos e maduros de muitos anos”, assim como a crescente “fenda gramatical” entre o que se escreve e, sobretudo, o que se fala em cada um dos países sustentam a tese. Para o autor de Elza, a Garota (Quetzal), What Língua Is Esta? (Gradiva), além de Viva a Língua Brasileira e de mais um punhado de obras, quando se deixa “um país do tamanho e da complexidade do Brasil solto por 500 anos, e não se esforça com muito afinco para construir pontes, universidades, editoras, instâncias variadas de controlo, o resultado não poderia ser outro. Os espanhóis fizeram esse esforço, os portugueses não”.
Em coluna do jornal Folha de S. Paulo, sob o título “Lusofonia, Adeus!”, diz que “o acordo ortográfico [AO] jogou gasolina na fogueira do antibrasileirismo em Portugal” e aproxima-se das teses dos autonomistas do português brasileiro. Quais os pecados do AO, na sua visão, e o que sustenta as teses autonomistas?
Leia mais em Diário de Notícias