Dólar e inflação poderiam subir ainda mais; teto de gastos corre risco.
Em meio ao aumento do número de mortes e de hospitalizações no Brasil por conta da Covid-19, os bancos já traçam um cenário mais pessimista para o desempenho do país e das contas públicas neste ano, com um risco maior de rompimento do teto de gastos.
O Itaú Unibanco, por exemplo, considera uma piora no déficit primário (sem contar o pagamento com os juros da dívida). Os economistas incluíram em suas contas um volume maior de despesas emergenciais além do teto de gastos. A avaliação é que, pela dinâmica atual da pandemia, pode haver mais uma flexibilização da regra que limita os gastos públicos.
“Tal cenário impactaria a já frágil sustentabilidade fiscal brasileira, aumentando o prêmio de risco doméstico, com efeitos negativos sobre juros, câmbio e atividade econômica em 2021 e, predominantemente, em 2022”, resume a equipe da instituição, que revisou as estimativas de déficit primário de 2,5% do PIB (Produto Interno Bruto) para 2,8%, ou de R$ 207 bilhões para R$ 235 bilhões.
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