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Covid-19 não explica metade do excesso de mortos em Portugal na última semana

Nuno Guedes

Mortalidade por Covid-19 disparou, mas excesso de mortalidade subiu ainda mais, numa altura em que muitos dizem que os serviços de saúde entraram em rutura.

Numa altura em que a pandemia mata cada vez mais portugueses, atingindo números nunca vistos nem na primeira nem na segunda vaga, as mortes por Covid-19 apenas explicam metade das mortes em excesso da última semana.

Só para os sete dias de 11 a 17 de janeiro, o Sistema de Informação dos Certificados de Óbito (SICO) da Direção-Geral da Saúde (DGS) refere, explicitamente, um excesso de mortalidade de 2.151 pessoas – um indicador que se calcula subtraindo a mortalidade esperada para um ano considerado ‘normal’ tendo em conta a média de anos anteriores – aos óbitos efetivamente contados nesse período de tempo.

Nesses mesmos sete dias, pelas contas da TSF, os boletins da DGS sobre a pandemia revelam que faleceram 1.058 pessoas, ou seja, cerca de metade do excesso de mortalidade.

A presidente da Associação Portuguesa de Epidemiologia não fica surpreendida com a grande diferença entre o excesso de mortalidade e o número de óbitos por Covid-19. Elisabete Ramos recorda à TSF que já “vimos isto nos números da mortalidade de 2020”, com um “excesso de mortalidade em que nem tudo se explicava pela Covid-19, sendo muito provável que nestas primeiras semanas de 2021 a tendência continue” – agora com números ainda mais elevados.

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