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2021: o ano de todos os testes

Paulo Ribeiro Pinto

Teste ao governo, à resistência, à fadiga do confinamento, aos efeitos do impacto da pandemia nas empresas e nas famílias. E um teste à eficácia das vacinas, nas quais residem todas as esperanças.

Todos os novos anos chegam com algum grau de incerteza, mas o de 2021 eleva a um nível muito superior todas as dúvidas sobre os 365 dias que se vão seguir

O DN questionou três economistas sobre o que esperar para o ano que vai arrancar, mas nenhum arrisca fazer previsões muito certeiras, até porque, além das tradicionais variáveis, o que acontecer em 2021 vai depender muito da eficácia da vacina contra a covid-19.

Então e pontos fortes da economia para aguentar o embate? O professor de Economia da Nova School of Business and Economics (Nova SBE), Pedro Brinca, confessa ter dificuldades em encontrar um ou mais pontos fortes em 2021, admitindo que a presidência portuguesa da União Europeia possa enquadrar-se nessa categoria. Mas já lá vamos.
Também a economista Susana Peralta, da Nova SBE, tem dificuldades em encontrar pontos fortes, apontando talvez a “capacidade de adaptação de algumas empresas e centros de investigação à nova realidade digital”. A economista lembra que “há uma reserva de valor que é a força de trabalho jovem, que é mais qualificada”.

Mais otimista está o professor de Finanças João Duque, do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), que encontra quatro pontos fortes que podem alavancar a recuperação da atividade. À cabeça, surge a “inexistência de crise política iminente” que, de resto, é apontada pelas diversas agências de notação financeira ao longo dos últimos meses.

João Duque aponta ainda a “imagem de bom aluno no que respeita ao cumprimento do reequilíbrio das contas públicas após a última crise” económico-financeira de 2011-2014. Mas também a segurança do país e as “infraestruturas ainda em bom estado de utilização”.

Já os pontos fracos são muitos e cruzam-se nas três avaliações. Susana Peralta aponta a “prevalência de moratórias no nosso sistema financeiro”, indicando que Portugal é o terceiro país com mais moratórias, em percentagem do total de crédito e o quarto em nível absoluto”.

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