Depois de março, abril e do volume de infeções que ocorreram, especialmente em Lisboa e Vale do Tejo, em junho, o coordenador da unidade de investigação epidemiológica do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge fala num novo crescimento do número de casos diários, assumindo que a única forma de o controlar é com as medidas de saúde pública.
“Estamos numa terceira fase de crescimento” de novos casos de covid-19. Foi assim que o epidemiologista e estatístico Baltazar Nunes retratou o momento da pandemia em Portugal, em conferência de imprensa no ministério da Saúde, esta sexta-feira. A dimensão, a quantidade final de contágios, a altura precisa em que será atingido um pico não pode prever, mas alerta: sem vacina, sem tratamento específico, a única arma que temos para fazer frente aos próximos tempos são as medidas de saúde pública.
Segundo o especialista, a primeira fase de crescimento aconteceu no início da pandemia, entre março e abril; a segunda entre maio e junho e abrangeu sobretudo a região de Lisboa e Vale do Tejo. Decorre agora a terceira, que começou em agosto, mais para o final.
Por esta altura, o número de pessoas que cada infetado contagia ao longo do tempo, medido pelo indicador RT, está a aumentar. De acordo com os cálculos da unidade de investigação epidemiológica do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), de que Baltazar Nunes é responsável o “valor médio do R, entre os dias 9 e 13 de setembro, foi de 1.15”.
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