É esperado que esta semana Macau abra completamente as fronteiras ao resto da província de Guangdong.
Este é assim um momento fulcral para a recuperação da indústria do jogo em Macau. Um dado repetidamente citado é que em 2019 os residentes de Guangdong representaram 49 por cento dos visitantes do continente a Macau e, entre estes, 72 por cent visitou a cidade devido a vistos de livre circulação.
A livre circulação para residentes de Zhuhai, algo que a indústria há muito desejava, foi reativada a 12 de agosto, mas não causou o impacto esperado no número de visitantes a Macau. O número médio de visitas diárias à cidade até ao passado domingo teve um crescimento bastante reduzido, ficando nos 7.000, em comparação com uma média diária de 5.600 no início do mês. E este número de visitas não se traduz diretamente em idas a casinos.
Além disso, as novas restrições de imigração desmotivarem alguns a viajar. O continente está a controlar mais as saídas de capital e jogos de apostas no estrangeiro.
Analistas da Credit Suisse num relatório publicado esta semana referiram: “A nossa mais recente sondagem sobre intermediários de jogo (junket operators) mostra que muitos foram detidos na China. A maioria tem medo de acumular dívidas de jogo, quanto mais trazer jogadores a Macau”.
Visto que os clientes VIP representam cerca de metade da receita do jogo em Macau, apenas uma recuperação nesta área poderá representar o verdadeiro retorno da indústria do jogo na cidade.
Todavia, avaliando o atual ambiente político no continente, as perspetivas não são risonhas.