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Viagens de estudo

António Bilrero*

A vida para quem estuda fora de Macau não está fácil. Primeiro, tudo girou à volta de uma viagem de regresso à cidade, no final do anterior ano letivo. Foi, para quem a empreendeu, a entrada numa nova realidade. No regresso à cidade, os primeiros 14 dias de férias cumpriram-se… em regime de quarentena. O controlo da pandemia e as autoridades locais assim o exigiram. E bem.

Entre o fim da quarentena e o regresso ao novo normal de uma cidade (quase sitiada) desde logo ficou no ar a pergunta: ”e como será o regresso?”.

Bem, o regresso, oficialmente, começou hoje. Um primeiro voo de Macau com destino a Londres, com passagem por Taipé. As autoridades locais já tinham anunciado que a partir do final de agosto e o início de setembro iriam realizar-se voos (via Taipé ou Seul) essencialmente destinados ao regresso de centenas de estudantes de Macau aos países onde estão matriculados (sobretudo na Europa). Ao todo, hoje viajaram 183 pessoas, maioritariamente estudantes. A ligação só está assegurada até à capital britânica. A partir daí, cada um trata de si.

No entanto, apesar de limitados a pouco mais de 32 quilómetros quadrados, percebe-se que se sintam mais seguros na pequena cidade

Todavia, esse regresso não é uma vontade inadiável e muito menos uma certeza para todos os estudantes. Por estes dias, ficou a saber-se que cerca de outros 180 alunos, inscritos em universidades portuguesas, iam adiar a viagem de volta aos bancos da escola. Um dos motivos invocados para atrasar o regresso prende-se com as restrições aplicadas pelas escolas para a continuidade dos estudos em tempos de Covid-19.

Alguns poderão estranhar a decisão de muitos em não regressar. No entanto, apesar de limitados a pouco mais de 32 quilómetros quadrados, percebe-se que se sintam mais seguros na pequena cidade. Macau continua a ser uma das regiões mais seguras no meio da onda da pandemia que invadiu o mundo. Já o mesmo não é verdade para muitas das cidades onde, dentro de dias, vai arrancar um novo ano letivo sob o signo do novo coronavírus.

*Editor-executivo do Plataforma

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