O dia 18 de junho foi designado Dia da Gastronomia Sustentável, por resolução da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em 2016 (com vídeo)
Ao reafirmar a relevância da gastronomia para um desenvolvimento sustentável, a comemoração da data internacional faz parte dos esforços globais para cumprir a Agenda 2030 da ONU para a Sustentabilidade.
A data realça a gastronomia como uma expressão cultural, relacionada com a diversidade natural e as tradições no mundo. O compromisso com a sustentabilidade nesta área foca-se na responsabilidade de produção e consumo de alimentos. Estes objetivos devem ser partilhados por todos os agentes do turismo gastronómico.
A ONU, em conjunto com a rede de cidades criativas da UNESCO, trabalha com a finalidade de promover energia limpa nos restaurantes locais (gás e eletricidade em vez de carvão ou outras fontes não renováveis e poluidoras). Sensibiliza, ainda, o público para uma gastronomia sustentável através de canais de televisão, programas gastronómicos, e por meio de exposições culturais sobre alimentos, destinadas à indústria de produção e agricultores.
Este é o terceiro ano que a Direcção dos Serviços de Turismo (DST) destaca o ingresso de Macau na Rede de Cidades Criativas da UNESCO.
Macau aproveita todos os anos a oportunidade para promover o estatuto de Macau como Cidade Criativa da Gastronomia da UNESCO e o seu compromisso com um desenvolvimento sustentável e criativo, incentivando os operadores da indústria a manter viva a herança culinária da região.
A cooperação entre todos os atores da área da gastronomia contribuem para o desenvolvimento sustentável da indústria do turismo de Macau e do mundo.
No entanto, Macau enfrenta um desafio único no setor de alimentos frescos pelo seu posicionamento geográfico e densidade populacional. Não há uma produção agrícola própria.
Em vez de considerar os ingredientes como produtos individuais, os chefs estão cada vez mais a considerar o ciclo de vida das plantas e os seus diversos usos orgânicos.
Tem havido todos os anos um aumento no número de restaurantes que adotam práticas sustentáveis. Ao incentivar os futuros chefs de Macau a terem esta abordagem, cresce a compreensão e respeito pelo valor de cada ingrediente numa receita.
A conexão com a natureza significa que mais chefs usarão cada produto com maior propósito e, assim, criam menos desperdício.
Vários restaurantes de Macau também adotaram substitutos de carne, o que ajuda a compensar alguns dos recursos naturais necessários para a criação de gado.
Este ano (2020), colaborou com o PLATAFORMA SABORES para apresentar um vídeo de exposição da cultura gastronómica macaense. O objetivo foi promover a história, receitas e criatividade do ramo local. O vídeo será transmitido no site da DST e pelos orgãos de comunicação social.
No ano passado (2019), a DST colaborou com o National Geographic, realçando várias iniciativas de restaurantes em Macau, que procuram oferecer uma culinária com o mínimo de desperdícios. O projeto chama-se “Grande Jornada Gastronómica Verde”.
A iniciativa baseia-se na necessidade de definir uma agenda que substitua os Objetivos do Milénio (ODM). A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável estabeleceu, em 2012, um Grupo de Trabalho Aberto para elaborar um relatório com propostas de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável para apreciação e adoção de ações adequadas em todos os países-membros. Importante salientar que os ODM foram traçados para os países desenvolvidos apenas.
O documento final foi aprovado na Cimeira das Nações Unidas para o Desenvolvimento, em Nova Iorque, de 25 a 27 de setembro de 2015, no qual constam 17 objetivos de desenvolvimento sustentável e 169 metas a alcançar até 2030, com o foco apontado para a erradicação da pobreza e desenvolvimento sustentável. O consenso intitula-se de “Transformar o nosso mundo: a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável“.