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Administração social e economia industrial irão mudar após esta epidemia

Depois de quase dois meses com a economia da China parada, vários países ocidentais parecem pouco otimistas em relação às previsões económicas para o país este ano, acreditando que o surto irá ter um grande impacto no crescimento chinês. Alguns órgãos de comunicação afirmam ainda que a China poderá entrar em colapso devido a esta epidemia. Se avaliarmos o estado atual do país, ignorando a esperança daqueles que querem ver a China a falhar, não está a ser reconhecida a verdadeira força nacional que o país tem. Embora este surto seja grave é bastante diferente do da SARS. As zonas atingidas são diferentes e as indústrias afetadas também. Aconteceram em alturas do ano diferentes, com uma experiência diferente de gestão de emergências e, além disso, temos agora uma economia diferente. No ano de 2020 o PIB chinês atingiu os 100 biliões de RMB, e até a cidade de Wuhan, o local mais afetado, obteve um PIB de 330 mil milhões de RMB em 2019. Este valor, mesmo que desça em 50 por cento devido à epidemia, apenas representará um impacto de 150 mil milhões. Se tivermos ainda em conta as perdas relacionadas por todo o país, com valores entre os 300 e os 400 mil milhões, o impacto no PIB chinês não será grave. Com o atual surto sob controlo e com atividades de produção a ser reiniciadas em vários locais, as indústrias ativas irão tentar aumentar a produção para compensar o tempo perdido. O crescimento em 2020 pode não ser tão elevado como os 6,1 por cento de 2019, mas existe ainda esperança para um crescimento considerável. Esta epidemia pode até servir de novo ponto de partida para a economia chinesa. Temos razões para nos mantermos otimistas. O surto acabou a unir os corações de 1,4 mil milhões de pessoas, por isso acreditamos que em breve a situação melhorará, e a economia chinesa começará a recuperar.   

David Chan 06.03.2020

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